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Desabafos

O meu ANTES e DEPOIS

Quando era mais novinha tinha imensos complexos com o meu corpo pois era demasiado magra, comia bastante mas não conseguia engordar. Fui gozada na infância e chamavam-me de Olivia Palito. Durante a adolescência as coisas mudaram gradualmente e o meu corpo começou a ganhar formas e, claramente a sentir-me melhor e mais confiante. 

Quando pensam que a tua vida é perfeita…

Estas palavras foram escritas pelo meu marido na sua página e eu decidi partilhar convosco porque nem sempre as redes sociais mostram o que estamos realmente a sentir e a viver…

Com “isto tudo” sinto necessidade de partilhar, de forma curta e direta:

– Há pouco mais de 1 ano, tive um Burnout
– Há pouco mais de 1 ano, comecei a ter crises de ansiedade
– Há pouco mais de 1 ano, comecei a ter ataques de pânico
– Há pouco mais de 1 ano, pensei que ia morrer ali, sem saber como nem porquê
– Há pouco mais de 1 ano que o meu propósito não é o mesmo
– Há pouco mais de 1 ano, cheguei ao meu limite
– Há pouco mais de 1 ano que não sou o mesmo
– Há pouco mais de 1 ano que sinto que falhei e continuo a falhar
– Há pouco mais de 1 ano que perdi coragem
– Há pouco mais de 1 ano, percebi que afinal a minha mente não era inabalável
– Há pouco mais de 1 ano, percebi que o passado não se apaga, fica em nós e em algum momento volta à nossa vida
– Há pouco mais de 1 ano, comecei a sentir que tudo o que tinha, era ou acreditava, em poucos minutos, não servia para nada
– Há pouco mais de 1 ano, senti de forma dura e fria, que o super-homem também fica sem capa
– Há pouco mais de 1 ano, percebi que ajudar os outros não é mais importante que ajudar-me a mim próprio
– Há pouco mais de 1 ano, comecei a perceber que o medo de morrer supera qualquer dor que outrora sentimos
– Há pouco mais de 1 ano, que me olho ao espelho e tento encontrar-me
– Há pouco mais de 1 ano, que olho para trás e todas as montanhas que subi, que me fazia sentir orgulhoso e de peito cheio, por e simplesmente não tem o mesmo impacto em mim
– Há pouco mais de 1 ano que preciso parar
– Há pouco mais de 1 ano que procuro virar a página
– Há pouco mais de 1 ano que procuro por essa página
– Há pouco mais de 1 ano que procuro entender se este novo eu (que não sou eu) é passageiro
– Há pouco mais de 1 ano que preciso de paz
– Há pouco mais de 1 ano, tenho saudades de mim
– Há pouco mais de 1 ano que choro em “silêncio, sem lágrimas
– Há pouco mais de 1 ano que procuro avançar

Poderia ficar aqui durante horas… Mas há pouco mais de 1 ano que tenho vindo a descobrir que em cada novo dia que nasce, um novo caminho se abre.

Poucos conhecem a minha história. (Penso em partilhar muito em breve).

Mas quem priva comigo, sabe que independentemente do PROBLEMA (Não! Não eram desafios. Eram mesmo PROBLEMAS!), eu, de uma forma muito natural encarava ele de frente, com um sorriso verdadeiro e genuíno e com uma FOME de crescer e evoluir com esse problema.

Eu acreditava plenamente que todos esses problemas que vivi, ao longo de 33 anos, tinham-me transformado num Homem de Ferro. Que conseguia sentir e ser, de forma muito intensa e emotiva, mas ao mesmo tempo com um escudo invisível que me protegia de tudo e todos.

Há pouco mais de 1 ano, descobri que esse escudo também se parte e precisa ser reparado.

Talvez demore mais 1 ano, mas irei reparar, peça por peça, esse escudo.

E quando regressar. Quanto o meu eu voltar (ou re-nascer).

Não voltarei só com esse escudo. Só com a capa do Super-Homem.

Voltarei mais forte. Mais genuíno. Mais confiante. Mais feliz. Mais em paz. Mais corajoso.

Não sei quando será, mas quando for, eu saberei.

Há pouco mais de 1 ano, uma parte de mim morreu. Desapareceu. Evaporou-se. Fugiu.

Não a quero encontrar para voltar a ser o que era. Quero apenas colar as peças e construir um novo EU.

Obrigado a todos, que ao longo destes anos me têm ajudado a ser um bom Homem, um bom Pai, um bom Amigo, um bom Profissional, um bom Filho, um bom Irmão, um bom Ouvinte, uma boa Pessoa.

A vida dá muitas voltas. Muitas vezes precisamos dar a volta com ela e dançar ao seu ritmo. Outras vezes precisamos abrandar (ou até mesmo parar) e observar para onde ela se dirige.

A vida é única e maravilhosa. Mas ao mesmo tempo é muito difícil. Desafiante. Uma merda. Fodida!

A mente pode ser a nossa melhor amiga, ou a pior inimiga.

Sempre tive uma paixão por ela. Não vou desistir agora. Mais cedo ou mais tarde, vamos ser os melhores amigos novamente.

Não sei bem porque razão decidir partilhar isto. Foi espontâneo. Não procuro likes nem partilhas, até porque raramente escrevo algo aqui.

Talvez consiga ajudar pelo menos 1 pessoa, a perceber que não é a única a sentir-se uma merda, um fracassado, que não tem solução para o seu problema e que isso tudo é uma mentira da sua cabeça e que a ajuda está mais perto do que ela pensa.

Ser (ou estar) vulnerável não é vergonha. Falhar ou Fracassar não é vergonha. Pedir ajuda não é vergonha. Parar não é vergonha. Dar 2 passos atrás não é vergonha.

Não desistas. Nunca. Vieste a este mundo para aprender, acrescentar, agregar, partilhar, sorrir, fazer sorrir, deixar o teu legado, ser feliz e não melhor.

Não desistas. Olha-te ao espelho. Encara-te. Faz as perguntas certas. E pede ajuda.

Não fales só com a tua mente. Não ouças só a tua mente. Pede ajuda.

Não precisas ser melhor que ninguém. Só precisas ser feliz. E para isso, precisas de tão pouco.

Desculpa. Perdoa-me. Obrigado. Amo-te.

Um abraço a todos.
Edi 💪🏿

A preocupação do Rafael

Fotografia Piccola Stories

Há uma semana senti-me muito mal. Vomitei imenso, estava cheia de dores no estômago, na zona lombar, com muitos suores e calafrios… Estava mesmo desesperada com a situação mas tentei não fazer barulho para não acordar as crianças pois se o caos já estava instalado sozinha, com eles então vinha a casa abaixo.

Consegui perder peso na Quarentena?

Fechada em casa há quase 1 mês será que consegui fechar a boca também aos doces, massas, pizzas, fast food?

Será que perdi peso? Mantive? Ganhei ? 

 Espreitem o vídeo que fiz com a minha nutricionista… É basicamente uma consulta online, com dicas muito importantes 

https://www.facebook.com/116537395717457/videos/217103036059532/

Não existem corpos perfeitos

A palavra dieta para muitos pode significar fracasso, para outros uma meta a atingir ou até a salvação da sua saúde. Para ser sincera nunca pensei vir a precisar de fazer dieta para me sentir bem com o meu corpo – eu explico porquê.

Sempre fui uma criança e adolescente muito magra, tinha imensos complexos com o meu corpo pois diariamente faziam questão de reforçar este sentimento apelidando-me Olivia Palito. Tomava comprimidos para engordar, comia um pão inteiro antes de adormecer pois sabia que durante a noite não iria queimar calorias, vestia dois pares de calças por baixo de outras para parecer mais gorda… Não imaginam as coisas que inventava só para conseguir aparentar a imagem que na minha cabeça estaria perto da perfeição. Os meus pais e os meus amigos não faziam ideia disto!

Escapadinha sem filhos e sem culpa

Há uns dias o meu marido enviou-me uma mensagem em tom de desabafo, dizia que precisávamos de uns dias para nós, sem filhos. Aquele sentimento agridoce invadiu-me e fiquei sem saber se seria uma ótima opção ou não. Por um lado pesava o facto de precisarmos de tempo para os dois, de recarregar baterias e alimentar a paixão mas por outro deixar, os miúdos durante esse tempo com os avós, tios e tias deixa-me um pouco desconfortável. Explico porquê – Confio plenamente na minha família mas se os miúdos ainda não dormem uma noite seguida connosco como será com outras pessoas? Não estão habituados à nossa rotina, às suas necessidades… O homem lá de casa diz que estou a exagerar e até pode ter razão. Diz que estou muito agarrada aos Birras e tenho de relaxar. Eu até acho que sou bastante descontraída relativamente a esse assunto mas há sempre outras visões. Nós adoramos viajar, adoramos escapadinhas de fim de semana, seja dentro ou fora do país e já não o fazemos desde o verão, acho que já estamos a precisar.

Tu consegues!

Desde pequena sempre fui incentivada pelo meu Pai a arriscar, a ir em frente para conseguir aquilo que realmente queria… Passava dias a ponderar e quando o meu pai percebia a minha indecisão e às vezes mesmo sabendo que ia falhar, ele dava-me força para avançar. Eu precisava deixar os medos para trás, precisava de arriscar e falhar para aprender com os meus erros! Hoje faço uma retrospectiva e lembro-me de todos esses momentos… Faz-me querer educar os meus filhos da mesma forma…

O caos instalou-se e teima dizer adeus!

Já passam das 22h e a casa devia estar em silêncio para poder preparar o dia de amanhã e organizar a confusão que os birras fizeram dentro destas 4 paredes. No entanto, a Diana ainda chora pois deve estar com algum desconforto, o Rafa teima ir para a sua cama e faz a sua 10º birra diária e o Diego é o único que dorme (estranhamente).