Arquivo de blog maternidade - Página 2 de 3 - Birras em Direto
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O caos das primeiras noites

Eles são muito calmos, até ver, mas a amamentação destruiu-me física e emocionalmente. Fizemos, literalmente, diretas para amamentar os dois, quando conseguia tratar de um já eram horas de mamar o outro. A pega não estava a ser feita como deve ser, os mamilos começaram a ficar massacrados e tiveram de me emprestar uns de silicone. O problema é que eram do tamanho L, gigantes para bebés tão pequenos. Quando se deu a descida do leite, as dores tornaram-se horríveis, tentei extrair com a bomba e nada saía, eles não conseguiam mamar e ficavam, para além de esfaimados, claramente impacientes (irei escrever um artigo sobre a amamentação dos gémeos para que entendam, ao pormenor, tudo o que passei e como os implantes influenciaram bastante). Para piorar, eles começaram a beber suplemento e tiveram muitas dificuldades. Engasgavam-se e bolsavam imenso, ao ponto de o pai chegar a correr pelos corredores do hospital em busca de uma enfermeira porque chegaram a deixar de respirar. Tiveram até de ser aspirados, porque tinham muitos restos do parto no estômago e ficavam maldispostos. Conseguem imaginar a nossa preocupação?

16/10/18: uma data para não mais esquecer

A noite de segunda para terça-feira (15 para 16 outubro) não foi diferente das outras: contrações, dores, falta de força e um desgaste físico enorme, mimos do filho e do pai, que nunca são demais, e logo um alívio muito bem-vindo.

A consulta de obstetrícia estava marcada para as 14h, mas antecipei-me e às 13h já estava no Hospital de Vila Franca de Xira. Imaginam a ansiedade, certo? Maquilhei-me, estiquei o cabelo e vesti uma roupa que me fizesse sentir minimamente bem, sem parecer uma Bola de Berlim. Nesta altura tudo serve de justificação para me sentir mais bonita.

Entro para a sala de enfermagem, tranquila, faço o CTG, está tudo bem com os bebés e as contrações continuam irregulares. Volto para a sala de espera a aguardar pela consulta com a médica. Mas, de repente, começo com uma pressão muito forte no fundo da barriga, senti os meus bebés muito agitados e algo estava diferente. Algo me dizia que não iria passar daquele dia.

Levo amigos (novos) para a vida toda

Mas, afinal, onde estive internada durante o primeiro período de internamento (os 45 dias)?

Algumas de vocês reconheceram o sítio pelas fotos que ia postando. Na verdade, no momento em que me disseram que iria para aquele hospital o meu coração disparou. Tratava-se do Amadora Sintra e só me apeteceu deitar as mãos à cabeça por ser transferida de Vila Franca de Xira para ali. Mas, confesso-vos, foi o melhor que me poderia ter acontecido.

Ouvimos muitas coisas menos positivas sobre este hospital e sim, em outras ocasiões, também senti na pele algumas delas, mas desta vez não tenho nada a apontar nem ao hospital nem ao serviço em que estive. Eram 27 semanas de um amor a dobrar, mas uma incerteza enorme em relação ao futuro. Cada dia era uma vitória, mas uma batalha nunca se vence sozinha.

Os impulsos de mulher no regresso a casa

( Escrevi este texto quando saí do internamento, na semana passada. Fala sobre o meu regresso a casa )

Chegar a casa depois de quase dois meses de internamento e ver que muita coisa está diferente, que o meu marido soube cuidar dela, do nosso filho e da nossa cadelinha, enche-me de orgulho. Embora saibamos que é impossível ter tudo à nossa maneira, somos mulheres e está-nos no sangue querer sempre algo mais.

Mal cheguei e logo iniciei o habitual processo de “inspeção” não intencional. Comecei a olhar para todo o lado e com uma vontade quase incontrolável de arrumar tudo à minha maneira, mas não posso. O repouso que me pediram para fazer é muito importante para o bem-estar dos três, por isso tenho de acalmar-me não só a nível físico como também psicológico. Deveria encaixar isto na minha cabeça à medida que vos escrevo este texto, mas não está fácil, é mais forte que eu, por isso tento ver séries, escrever, dormir e comer (muito, por sinal ahahah). Um dia destes falo-vos no peso…

O motivo da minha ausência

Desculpem a minha ausência, mas precisei de afastar-me e centrar-me nos meus pensamentos e sentimentos. Sei que algumas de vocês se questionam diariamente se o meu silêncio se deve ao nascimento dos birras, ou se aconteceu algo, e é normal pois já fazem parte do meu universo. Mas ainda não foi desta 🙂 

A semana passada foi muito atribulada, no próximo artigo posso contar-vos o que aconteceu, mas nada relacionado com os gémeos, graças a Deus!

O boost que precisava

Há coisas que não se explicam. As crianças conseguem surpreender qualquer um, e quando menos se espera. É impressionante!

No passado fimdesemana, já no auge do aborrecimento por estar aqui fechada há tanto tempo, o meu filho, como sempre acontece, era o único a ser capaz de me tirar da bolha em que me encontrava e de me carregar as energias. Einexplicavelmente, conseguiu fazê-lo sem que ninguém lhe pedisse.

Preciso sentir-me mulher outra vez

Sempre fui muito vaidosa, desde que me conheço como gente. Adorava vestir roupa bonita aos meus olhos (não seguia modas, apenas vestia o que gostava), maquilhar-me, arranjar o cabelo, olhar-me ao espelho, tirar uma foto gira, enfim. Mas calma, minha gente, não me estou a achar, simplesmente sempre gostei de me sentir bonita e confiante. Como qualquer pessoa, gosto de receber elogios. Vocês não? Pois até disso tenho saudades…

Uma batalha diária que não é só minha

Fotografia Dois é Par

Pergunto-me, diariamente, o que estarão a sentir os meus pais, o meu marido, o meu filho. A minha Família.

Entram aqui todos os dias com um sorriso no rosto, ligam várias vezes e nunca manifestam tristeza, descrença ou medo. Mas sei que, no fundo, eles estão de rastos. Sei que não dormem, que rezam diariamente, que choram e que estão esgotados com tudo isto. Percebo nas suas palavras, quando fraquejam, e deitam uma lágrima, percebo queembora acreditem num final feliz, pensam no lado menos bom também. É normal, eu faço o mesmo.

O primeiro dia sem mim

Hoje começa uma nova etapa para muitas crianças. O meu filho passou para a sala dos três anos e, em situações normais, como sempre aconteceu desde que foi para o berçário com apenas seis meses, tanto eu como o pai estaríamos presentes no primeiro dia. É algo que fazíamos sempre questão, até mesmo para tirarmos a nossa foto da praxe. Mas  hoje a Mamã não pôde, por motivos de força maior, ainda que esteja contigo no pensamento e sempre no coração!

Foste muito contente para a escola. Todo entusiasmado com a mochila nova. E eu só queria ter lá estado…Tiraste a foto com o Papá e estavas lindo, como sempre.

Uma semana atribulada, mas carregada de esperança

Fotografia Dois é Par

Tem sido uma semana atribulada, com muitos altos e baixos, as contrações não abrandam e têm havido alguns sustos pelo caminho. O colo do útero está a estreitar cada vez mais e eles a fazerem pressão para sair! Ontem estive mais em baixo, com bastantes dores e contrações mas felizmente conseguimos chegar às 29 semanas. Parabéns a nós!

Cada dia é uma vitória e cada semana é um milagre! É desta forma que vejo e me pedem para o sentir.

Os dias são passados deitada numa cama de hospital, é uma situação frustrante e dolorosa para o corpo porque já não consigo arranjar posição. Tenho de controlar a mente, manter-me positiva e acreditar, acreditar sempre! Eles mexem- se imenso, o que me deixa mais tranquila porque significa que estão bem.