Levo amigos (novos) para a vida toda - Birras em Direto

Levo amigos (novos) para a vida toda

Mas, afinal, onde estive internada durante o primeiro período de internamento (os 45 dias)?

Algumas de vocês reconheceram o sítio pelas fotos que ia postando. Na verdade, no momento em que me disseram que iria para aquele hospital o meu coração disparou. Tratava-se do Amadora Sintra e só me apeteceu deitar as mãos à cabeça por ser transferida de Vila Franca de Xira para ali. Mas, confesso-vos, foi o melhor que me poderia ter acontecido.

Ouvimos muitas coisas menos positivas sobre este hospital e sim, em outras ocasiões, também senti na pele algumas delas, mas desta vez não tenho nada a apontar nem ao hospital nem ao serviço em que estive. Eram 27 semanas de um amor a dobrar, mas uma incerteza enorme em relação ao futuro. Cada dia era uma vitória, mas uma batalha nunca se vence sozinha.

Foram 45 dias passados na cama 19 do hospital Amadora Sintra, onde diariamente via mulheres a entrarem grávidas e a saírem com os seus tesouros nos braços. Durante este tempo, fiz tudo para aguentar o meu par de Birras na melhor incubadora que pode existir: a barriguinha da mãe. Um trabalho que se fez com muito amor, carinho e dedicação, graças à maioria dos profissionais de saúde que se cruzaram no meu caminho.

Saí de lá de coração cheio, ainda que sem os meus amores nos braços, com a certeza que fomos os três muito bem tratados. Os enfermeiros foram a nossa segunda família, uma família que estava longe de pensar vir a encontrar ali.

Lidar diariamente com profissionais de saúde que fazem o seu trabalho com a maior ética e, ao mesmo tempo, a sensibilidade que o utente precisa não é muito comum, mas consegui encontrar essa equipa maravilhosa e só tenho de agradecer e pedir para continuarem com o excelente trabalho. Cada um tem a sua personalidade, o seu toque especial, mas todos têm em comum um amor gigante pela profissão e um carinho especial por todas nós que ali passamos.

Agradeço, do fundo do meu coração, à equipa de enfermagem do serviço de obstetrícia B do Hospital Fernando Fonseca (Amadora Sintra). À enfermeira-chefe, Antonieta Mendes da Silva, às enfermeiras, Daniela David, Cláudia Beirante, Célia Correia, aos enfermeiros Nacho, Picon e Luis. Serei eternamente grata por se terem cruzado no nosso caminho quando mais precisávamos, num dos momentos mais importantes da nossa vida. Nada acontece por acaso e sei que todos vocês contribuíram para o ultrapassar de obstáculos diários.

Obrigada por estarem lá nas horas mais críticas e nas mais felizes também. Foram ótimos ouvintes e aturaram os meus extensos desabafos. Obrigada por terem estado comigo nos momentos em que não consegui controlar as lágrimas por medo e saudade da família. Obrigada por todas as gargalhadas, por todos os sorrisos, por aquelas palavras nos momentos certos, por me agarrarem na mão quando mais precisava. Obrigada por tudo!

Estas são as palavras mais sinceras que poderia escrever sobre vocês. E já tenho saudades vossas, acreditam?

Nunca vou esquecer o que fizeram por nós. Só me resta pedir-vos que continuem assim, porque são um exemplo para qualquer profissional de saúde.

Mas não posso apenas falar dos enfermeiros, quando me cruzei com algumas médicas e auxiliares que gostei bastante. E elas sabem quem são.

Poderia dizer também neste artigo o que não gostei, mas não quero misturar sentimentos ou temas neste texto. Fica para outras núpcias.

Sempre respeitei a profissão de enfermeiro, mesmo sem conhecer a fundo a realidade do seu dia-a-dia. Mas agora sinto que estes profissionais merecem muito mais do que lhes é dado. Parabéns e obrigada por saberem cuidar tão bem de nós.

Levo amigos (novos) para a vida toda e sinto-me tão feliz por isso.

Beijinhos

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