Arquivo de diário da minha gravidez - Birras em Direto
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diário da minha gravidez

16/10/18: uma data para não mais esquecer

A noite de segunda para terça-feira (15 para 16 outubro) não foi diferente das outras: contrações, dores, falta de força e um desgaste físico enorme, mimos do filho e do pai, que nunca são demais, e logo um alívio muito bem-vindo.

A consulta de obstetrícia estava marcada para as 14h, mas antecipei-me e às 13h já estava no Hospital de Vila Franca de Xira. Imaginam a ansiedade, certo? Maquilhei-me, estiquei o cabelo e vesti uma roupa que me fizesse sentir minimamente bem, sem parecer uma Bola de Berlim. Nesta altura tudo serve de justificação para me sentir mais bonita.

Entro para a sala de enfermagem, tranquila, faço o CTG, está tudo bem com os bebés e as contrações continuam irregulares. Volto para a sala de espera a aguardar pela consulta com a médica. Mas, de repente, começo com uma pressão muito forte no fundo da barriga, senti os meus bebés muito agitados e algo estava diferente. Algo me dizia que não iria passar daquele dia.

Estou cansada

Estes dias sem escrever no blogue e sem postar uma única foto no Facebook ou no Instagram fizeram-me bem. Desculpem a minha ausência e acreditem que pensei muito em vocês, mas precisava dedicar-me a um tema que descurei nos últimos dois meses: o meu filho, a minha família. O tempo não voou para mim, antes pelo contrário, demorou muito a passar e continua a demorar, não vejo a hora dos gémeos nascerem. Sei que a maioria das pessoas me pede para descansar, mas, não consigo, é impossível essa palavra constar no meu dicionário no momento atual.

Na quinta-feira passada, mais uma vez, recebi alta e tive oportunidade de vir para casa, junto dos meus. Se até eu fiquei confusa, imaginem o Birras mais velho. A razão da alta? Tive mais uma semana internada, com dores e contrações, mas o colo permaneceu na mesma. Fez-se uma ecografia para ver como estavam os bebés e estão bem, por isso decidiram dar-me alta.

Levo amigos (novos) para a vida toda

Mas, afinal, onde estive internada durante o primeiro período de internamento (os 45 dias)?

Algumas de vocês reconheceram o sítio pelas fotos que ia postando. Na verdade, no momento em que me disseram que iria para aquele hospital o meu coração disparou. Tratava-se do Amadora Sintra e só me apeteceu deitar as mãos à cabeça por ser transferida de Vila Franca de Xira para ali. Mas, confesso-vos, foi o melhor que me poderia ter acontecido.

Ouvimos muitas coisas menos positivas sobre este hospital e sim, em outras ocasiões, também senti na pele algumas delas, mas desta vez não tenho nada a apontar nem ao hospital nem ao serviço em que estive. Eram 27 semanas de um amor a dobrar, mas uma incerteza enorme em relação ao futuro. Cada dia era uma vitória, mas uma batalha nunca se vence sozinha.

À terceira será de vez?

Vocês merecem uma explicação por todo o apoio e carinho que me têm dado. Precisei resguardar-me pelo cansaço extremo que tenho sentido e por todos os desenvolvimentos destes últimos dias. Hoje completar-se-ia precisamente uma semana desde que regressei à minha querida casa, com ordens expressas para repousar. É óbvio que é extremamente complicado conseguir fazer exatamente o mesmo que no hospital, mas com o apoio dos meus pais e do meu marido acabei por conseguir.

No entanto, na quinta-feira à noite comecei novamente com dores nos rins e no fundo da barriga. As contrações também se tornaram mais constantes e decidimos arrancar para o hospital. Senti um misto de muita coisa: desconfortável com as dores, mas tranquila pela eventualidade de ter de entrar em trabalho de parto e já me encontrar no hospital. E sempre confiante que tudo iria correr bem.

As histórias da minha história

Ontem, escrevi-vos sobre as grávidas que entravam neste serviço e, apesar da curta estadia, se lamentavam como se não houvesse amanhã. Hoje, quero falar-vos sobre uma situação mais caricata e que está relacionada com visitas inconvenientes. Mas como assim? Perguntam vocês. Preparem-se…

Como neste quarto sou a que está há mais tempo internada, já repeti a minha história dezenas de vezes. E só num dia pode acontecer que entrem ou saiam três grávidas neste espaço Mas até aí tudo bem. A curiosidade é normal e, mais do que isso, a comunicação entre nós é muito importante. Para além da força extraordinária que nos passam os profissionais deste serviço, também é fundamental que nos apoiemos umas às outras. Mas, por vezes,não é só isso que acontece.

Hoje chorei. Chorei muito.

Fotografia Dois é Par

A pressão destas semanas acabou por me fazer ceder, inesperadamente, sem dor ou contrações.

Chorei, chorei muito, não o posso esconder. Senti um turbilhão de emoções a invadir-me e não aguentei. Precisava deitar cá para fora tudo o que estava a sentir. Precisava limpar a alma. Perdoem a minha fraqueza, perdoem ter vacilado.

Ontem, o cansaço já se apoderava de mim. Hoje, enquanto tomava banho e a água descia pelo meu rosto, as lágrimas não paravam de cair. Queria gritar, sair daqui, abraçar o meu filho, o meu marido, precisava de um boost energético, porque senti que estava a fraquejar.

O Diário da minha Gravidez

Quando soube que estava grávida do Rafael comprei logo um Diário para apontar tudo aquilo que se passava durante aqueles 9 meses… As minhas emoções, inseguranças, os meus medos, as fotos, o crescimento da minha barriga…o crescimento do meu filho… Apontei tudo e passado uns tempos reli e a sensação foi tão boa, esbocei um sorriso e senti o meu coração repleto de Amor, até fiquei com vontade de engravidar novamente para sentir tudo outra vez.
A gravidez é dos períodos mais bonitos na vida de uma mulher, não vale a pena explicarmos a quem não passou por esta experiência pois nunca vão entender até sentirem tudo aquilo que uma mulher grávida sente. Sei que muitas passam por más experiências durante este estado mas certamente há sempre momentos únicos e memoráveis para recordar.
 
Desta vez andei à procura de uma agenda para a minha gravidez gemelar mas infelizmente não encontrei. 
 
Procurei algumas e encontrei esta que podem ver na foto, gostei bastante pois é muito bonita por fora e por dentro e ainda inclui conselhos e dicas para seguir durante e após a gravidez. 
 
Se quiserem podem ver melhor o Diário aqui e até espreitar como é por dentro pois tem essa opção. 
Achei mesmo que este diário era essencial e está a ajudar-me a compreender melhor o meu corpo e o meu estado de espírito nesta fase tão bonita.
Hoje em dia o digital está tão forte que deixamos de lado estes mimos tão bons para mais tarde recordar. A minha Mãe quando estava grávida de mim também tinha uma agenda com fotos e hoje sabe tão bem ler e reler tudo o que sentiu naquele momento.
 
E vocês? Contem-me tudo…Também compraram uma agenda / diário para escreverem todos os momentos dos maravilhosos 9 meses de gravidez? 
Beijinhos