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Como gerir ciúmes entre irmãos? Dicas aceitam-se.

Os ciúmes do Rafael ainda não chegaram, mas parte-me o coração saber que não consigo dar-lhe a atenção que ele quer.

O meu pai vai busca-lo todos os dias à escola e todos os dias ele janta na casa dos meus pais, uma ajuda fundamental que nos permite ter tudo ainda mais organizado. Chega à nossa casa por volta das 19h30 / 20h e quer logo brincar connosco, mas nem sempre é possível por causa dos manos. Para tentar contornar esta situação, tentamos fazer com que o Rafael também faça parte destes momentos em que tratamos dos gémeos. Estamos conscientes que não é suficiente, porque uma criança da idade dele precisa de brincar mesmo, mas não deixa de ser uma tarefa em que estamos todos juntos e isso já nos deixa a todos bem mais felizes.

O Rafa superou as melhores expectativas

Cheguei a escrever sobre os ciúmes que o Rafael poderia vir a sentir dos irmãos e até sobre a forma de preparar os manos mais velhos para a chegada dos mais novos, mas, sinceramente, foi sempre um tema que me deixou algo apreensiva. Sempre receei que o meu birras mais velho se comportasse de uma forma diferente após o nascimento dos irmãos e não me perguntem porquê. Ele só tem três anos e sempre foi muito ciumento quando outras crianças estão por perto, mas, confesso, estava à espera que fosse pior. É certo que o preparámos durante os oito meses de gravidez e desde o nascimento sempre nos esforçámos para que não se sentisse minimamente excluído, mas a verdade é que o resultado superou, e muito, as nossas expectativas. Ainda que não seja muito justo sermos nós a ficar com todos os louros, porque muito vem da essência especial deste menino que tem tanto de birrento como de amoroso.

O prometido é devido

Prometi ao Rafael que conheceria os manos no dia seguinte ao nascimento. Fiz-lhe várias promessas que não consegui cumprir, mas esta não poderia falhar.

Os gémeos nasceram a 16 de outubro e no dia 17 tiveram de ir para a Neonatologia, mas apenas fui informada quando o Rafael e o meu pai já estavam a caminho do hospital. O horário de visita naquele espaço é mais apertado e, quando chegaram, estava prestes a terminar. A pediatra aconselhou-me a não o deixar entrar, porque poderia ficar chocado com aquele cenário (os gémeos estavam na incubadora, despidos e cheios de fios). Não segui o seu conselho, conheço o meu filho e sei que isto iria passar-lhe ao lado. Sei que iria ficar todo entusiasmado por os ver, nem que fosse apenas por um minuto.

Amor Eterno

Fico a contemplar-vos e sinto o meu coração a transbordar de amor. Um tipo de amor que já me havia sido apresentado pelo vosso irmão, Rafael, e que pensava ser possível sentir apenas por ele. Tinha medo de não sentir o mesmo por vocês, mas enganei-me.

Lutei durante muito tempo para que crescessem dentro de mim, fortes e saudáveis. Pedi a Deus, todos os dias, para nascerem apenas a partir das 36 semanas e fui atendida. Tentei manter-me tranquila e positiva, por mim e por vocês, para que viessem calmos a este mundo. Disse muitas vezes ao vosso pai que estava tudo bem, quando o meu desejo era fugir daquela cama de hospital. Deitei cá para fora tudo o que estava a sentir, chorei muito, mas apenas durante um único dia em dois meses de internamento. Quando via o vosso irmão, um nó na garganta crescia rapidamente e tornava-se difícil controlar as emoções. Mas ele nunca me viu chorar.

O caos das primeiras noites

Eles são muito calmos, até ver, mas a amamentação destruiu-me física e emocionalmente. Fizemos, literalmente, diretas para amamentar os dois, quando conseguia tratar de um já eram horas de mamar o outro. A pega não estava a ser feita como deve ser, os mamilos começaram a ficar massacrados e tiveram de me emprestar uns de silicone. O problema é que eram do tamanho L, gigantes para bebés tão pequenos. Quando se deu a descida do leite, as dores tornaram-se horríveis, tentei extrair com a bomba e nada saía, eles não conseguiam mamar e ficavam, para além de esfaimados, claramente impacientes (irei escrever um artigo sobre a amamentação dos gémeos para que entendam, ao pormenor, tudo o que passei e como os implantes influenciaram bastante). Para piorar, eles começaram a beber suplemento e tiveram muitas dificuldades. Engasgavam-se e bolsavam imenso, ao ponto de o pai chegar a correr pelos corredores do hospital em busca de uma enfermeira porque chegaram a deixar de respirar. Tiveram até de ser aspirados, porque tinham muitos restos do parto no estômago e ficavam maldispostos. Conseguem imaginar a nossa preocupação?

16/10/18: uma data para não mais esquecer

A noite de segunda para terça-feira (15 para 16 outubro) não foi diferente das outras: contrações, dores, falta de força e um desgaste físico enorme, mimos do filho e do pai, que nunca são demais, e logo um alívio muito bem-vindo.

A consulta de obstetrícia estava marcada para as 14h, mas antecipei-me e às 13h já estava no Hospital de Vila Franca de Xira. Imaginam a ansiedade, certo? Maquilhei-me, estiquei o cabelo e vesti uma roupa que me fizesse sentir minimamente bem, sem parecer uma Bola de Berlim. Nesta altura tudo serve de justificação para me sentir mais bonita.

Entro para a sala de enfermagem, tranquila, faço o CTG, está tudo bem com os bebés e as contrações continuam irregulares. Volto para a sala de espera a aguardar pela consulta com a médica. Mas, de repente, começo com uma pressão muito forte no fundo da barriga, senti os meus bebés muito agitados e algo estava diferente. Algo me dizia que não iria passar daquele dia.

O motivo da minha ausência

Desculpem a minha ausência, mas precisei de afastar-me e centrar-me nos meus pensamentos e sentimentos. Sei que algumas de vocês se questionam diariamente se o meu silêncio se deve ao nascimento dos birras, ou se aconteceu algo, e é normal pois já fazem parte do meu universo. Mas ainda não foi desta 🙂 

A semana passada foi muito atribulada, no próximo artigo posso contar-vos o que aconteceu, mas nada relacionado com os gémeos, graças a Deus!

Pensamento positivo, Mãe!

No final da semana passada fiquei a saber que a minha mãe iria ser operada ao peito, escondeu-me isto para não me preocupar. Mas as coisas acabam sempre por se saber e, às vezes, da pior maneira. A minha mãe estava aqui na visita com o meu pai, a dizer que ia fazer uns exames na semana seguinte, e eu lancei-lhe algumas questões para as quais parecia não ter resposta.

O boost que precisava

Há coisas que não se explicam. As crianças conseguem surpreender qualquer um, e quando menos se espera. É impressionante!

No passado fimdesemana, já no auge do aborrecimento por estar aqui fechada há tanto tempo, o meu filho, como sempre acontece, era o único a ser capaz de me tirar da bolha em que me encontrava e de me carregar as energias. Einexplicavelmente, conseguiu fazê-lo sem que ninguém lhe pedisse.

Mãe lê-me uma história antes de dormir

Era uma vez um reguila com apenas 3 anos que gostava muito de histórias de aventura, o imaginário dos dragões, dinossauros e do lobo mau levava-o para um mundo onde pudesse ser a personagem principal, o verdadeiro super-herói.

Adoro que ele se sinta assim, adoro ver a felicidade no seu rosto quando lhe leio aquela história, as gargalhadas, a interação à medida que pronuncio aquele conjunto de palavras…

Agora anda viciado no livro “Os beijinhos do Lobo Mau“, um livro-fantoche super divertido que mostra às crianças que há sempre um amigo por perto para nos animar e nos encher de miminhos e beijinhos.

Vocês podem perguntar… Mas afinal o teu filho não pede para ver vídeos no Youtube antes de dormir?  Claro que pede e claro que às vezes deixo mas também me pede para lhe ler livros pois já é uma rotina aqui em casa.