Olhar-me ao espelho, ultimamente, não tem sido nada fácil, embora saiba que estas marcas no meu corpo espelham uma grande luta e amor.
Esta gravidez foi bastante difícil, a nível psicológico e físico, e passei por momentos bastantes complicados. Preparei-me para toda a logística que iria ter no futuro mas esqueci-me de me preparar para o reflexo que iria ter no espelho. Estou assustada e a tentar processar tudo e a aceitar(-me).
A minha barriga cresceu bastante, a pele esticou até ao seu limite, e as estrias apareceram nas duas semanas antes do parto. Na altura não valorizei, o foco era outro, mas hoje a realidade é outra.
Hoje, decidi fotografar-me, e encarar-me sem medos. Esta sou eu, agora. Mais pesada é certo, com outras formas, mas também mais recheada de amor. Não me sinto feia, não poderia fazer isso comigo (não o façam também, todas somos lindas), mas não estou confortável com a minha pele.
Não me considero uma pessoa obcecada com o corpo, mas gosto de me sentir bem comigo própria. Quem não? E a verdade é que pelo facto de ter trabalhado em televisão, fui treinada a olhar para o corpo de uma forma mais atenta. Habituei-me a um peso e uma forma, e é-me difícil ver com tantos quilos e volumes a mais. Não, não é futilidade minha. Todas temos a nossa zona de conforto, e o meu peso confortável é bem abaixo deste (é mais próximo do que tinha na segunda foto).
Nesta fase da minha vida sei que é complicado voltar ao que era antes, até porque tudo tem o seu tempo. Mas acredito que é a altura certa para começar, pouco a pouco, a investir em mim. E tudo começa dentro de mim e em casa, com muita paciência e carinho pelo meu corpo e uma boa organização e apoio familiar (sobretudo do nosso parceiro).
Por onde comecei?
Como uma boa alimentação é essencial, consultei uma nutricionista e comecei um plano alimentar. Contactei a CacauTerraMia que me fornece as refeições semanalmente, porque precisava de nutrir o meu corpo com os alimentos mais adequados, e libertei-me do tempo que passava na cozinha.
Depois, falei com a BodyConcept para me apoiarem a nível de tratamentos corporais. Traçámos um plano de 6 meses e estou muito expectante com o resultado final. Em uma semana e meia de tratamentos já noto resultados.
Relativamente ao exercício físico, ainda não consigo fazer mas, em casa, vejo vídeos de coreografias e, como adoro dançar, pego nos gémeos ao colo e danço com eles.
Já me começo a sentir mais confiante pois estou focada e acredito que chegarei ao meu maior objetivo. Até lá continuo na luta.
E vocês contem-me a vossa experiência no pós parto com o vosso corpo.
Beijinhos
Olá querida mamãe! Fui mãe de gémeos há 8 meses, tendo já uma filha com 6 anos. A gravidez dos gémeos foi muito exigente, eles nasceram enormes e gordos (3.475 kg e 47 cm e 3.465 e 47 cm). Sim, esse peso mesmo! Engordei 22 kgs. Já emagreci 20 e não fiz nenhum tratamento. Mas dei tempo ao meu corpo! Temos de ter calma e paciência conosco 🙂 vai correr tudo bem, confiança 😉 e está linda!!! Um beijinho.
Como a entendo! Da minha primeira gravidez aumentei de peso em 18 kg, e estava muito difícil voltar ao peso anterior…estava confiante que a amamentação me iria ajudar a perder peso, mas não aconteceu! Fiquei frustrada…enchem-nos de expectativas sobre a amamentação e o peso, mas após alguma pesquisa (artigos científicos inclusive) percebi que a prolactina reduz o metabolismo! Só aos 7 meses, após uma gastroenterite muito severa, me vi num formato muito mais agradável (foram-se 6 kgs num ápice)…agora, da segunda gravidez, foram 16 kgs a mais, e apenas 8 kgs perdidos … não me serve nenhuma roupa, odeio olhar-me ao espelho…um martírio sair de casa e ter que pensar no que vestir…São as noites muito mal dormidas, olheiras, queda de cabelo constante, volume a mais…não me sinto mais eu! E não há tempo para cuidar de mim! 🙁 sei que é temporário, mas não é fácil…
Bem sei o que sente. Apesar de já terem passado dois anos desde o nascimento da S. nunca mais voltei à minha zona de conforto ( similar à sua). Aos 37 já não é tão fácil. Talvez nunca volte e tenha de arranjar outra. Talvez. Beijinho.