Os altos e baixos dos primeiros tempos - Birras em Direto

Os altos e baixos dos primeiros tempos

Os dias têm sido uma autêntica loucura. Entrar na rotina é sempre o mais complicado, mas sei que acabarei por conseguir. Muitas de vós me questionam como posso ter esta postura tão descontraída e fazer as coisas sempre com um sorriso no rosto. Bem, confesso que é todo um processo cheio de altos e baixos. Aprendi muito durante o internamento, sinto que cresci e me tornei uma mulher mais forte. Tive muito tempo para pensar e projetar a mãe que queria ser quando eles nascessem, mas não posso dizer que esteja a ser fácil. Se com um filho as coisas já são difíceis, imaginem com três em que dois deles são recém-nascidos.

Tento sorrir muito, brincar com o mais velho sempre que está em casa e integrá-lo em todas as tarefas, tento não esquecer que também sou mulher e procuro tratar de mim, mas também já chorei, já me olhei ao espelho e não gostei do que vi, já tive de me chatear e arrepender-me em seguida, já gritei com quem não devia. Tudo isto exatamente porque os dias não são assim tão simples como parecem.

Ser mãe é, sem dúvida, o trabalho mais duro e mais recompensador que existe. Nunca me imaginei com três filhos e nem pensei que poderia ter gémeos, embora fosse possível pelo meu histórico familiar. É uma dádiva, não posso negar, é uma bênção tudo o que estou a viver!

Sinto que estive hibernada durante os dois meses de internamento e agora apetece-me fazer tudo e mais alguma coisa. Já me pediram para abrandar, mas quem me conhece sabe que é impossível. Eu sou mesmo assim.

Foi uma gravidez cheia de desafios, muitos sustos, algumas cedências, aprendizagens, revelações, mas sinto que tudo isto me tornou uma mulher ainda mais aguerrida. No entanto, peço-vos que não me chamem de mãe guerreira. Sou uma mãe como todas vocês, porque tenho a certeza que fariam exatamente o mesmo pelos vossos filhos.

Quando fiquei internada às 27 semanas, senti que ficaria no hospital até ao final da gravidez. Não sabia qual a data, mas comecei a definir algumas metas para mim própria: primeiro as 30 semanas, depois as 32, as 34 e por fim as 36. Sempre acreditei que conseguia chegar o mais longe possível, apesar de me estarem constantemente a dizer que seria quase impossível. Tinha contrações diárias a bater nos 100 e em curtos espaços de tempo (três em três minutos). A pressão destes birras era enorme, e tive de evitar ao máximo quaisquer esforços para os aguentar na minha barriga. Pedia todos os dias para crescerem fortes e saudáveis, até cheguei a fazer uma promessa e vou ter de a cumprir.

Não fiz este caminho sozinha, estive rodeada de pessoas incríveis e aprendi também a saber selecionar ainda melhor quem quero perto de mim e dos meus. Afasto-me do negativismo por mais perto que esteja porque não quero permitir que entre na minha vida. Preciso de boas energias, todos nós precisamos.

Um beijinho grande e acreditem que vocês também tiveram muita influência nesta fase da minha vida. A vossa força passada diariamente chegou aos nossos corações

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