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A menina do Papá

Ele diz que ela olha para ele com outros olhos, que assim que chega perto dela sente uma admiração extrema e diz que é recíproco. Eu passo os dias inteiros com os gémeos, sei distinguir cada movimento e cada som e posso confirmar que o que une aqueles dois é bem especial.

Acho muito bonito pois quero projetar na relação dos dois, a relação que tive e tenho com o meu Pai. Sinto verdadeiramente que vamos ser muito amigas, as melhores amigas e quero ser para ela o que sempre ambicionei ter numa Mãe, não desvalorizando a minha. Dizem que nós quando nascemos, chegamos a este mundo mais aprimorados que os nossos Pais, por isso ambiciono o mesmo para os meus filhos.

E quando os 3 filhos estão doentes em casa?

Até ao momento imaginei mil e uma coisas que pudessem acontecer com 3 filhos mas sinceramente nunca pensei no assunto do contágio de doenças. Quando o Rafael ficava doente, o Pai era sempre a vítima que se seguia e raramente ele me pegava algo, logo era mais fácil controlar a situação. Para ser sincera sempre foi mais difícil tomar conta do meu marido doente do que do Rafael, pois o birras continua com a mesma energia de sempre mas o pai parece que lhe passou um camião por cima (típico dos homens, portanto).

Como gerir ciúmes entre irmãos? Dicas aceitam-se.

Os ciúmes do Rafael ainda não chegaram, mas parte-me o coração saber que não consigo dar-lhe a atenção que ele quer.

O meu pai vai busca-lo todos os dias à escola e todos os dias ele janta na casa dos meus pais, uma ajuda fundamental que nos permite ter tudo ainda mais organizado. Chega à nossa casa por volta das 19h30 / 20h e quer logo brincar connosco, mas nem sempre é possível por causa dos manos. Para tentar contornar esta situação, tentamos fazer com que o Rafael também faça parte destes momentos em que tratamos dos gémeos. Estamos conscientes que não é suficiente, porque uma criança da idade dele precisa de brincar mesmo, mas não deixa de ser uma tarefa em que estamos todos juntos e isso já nos deixa a todos bem mais felizes.

Prioridades trocadas que mexem comigo!

Acho incrível a insensibilidade evidenciada por algumas pessoas na hora de definir / dar prioridades. Durante a gravidez não me quis chatear com este assunto, e raramente tomei atitudes, a não ser quando me incomodava seriamente, mas muito me arrependo. O meu marido chegou a chatear-se com isto, porque as pessoas fingiam que não viam que estava grávida e outras chegavam mesmo a dizer que não era doença.  Típico, portanto!

Quando o Rafael nasceu, não me aproveitei minimamente da minha condição. Só passava à frente quando ele estava mesmo muiiiiito irrequieto. Agora, com os gémeos, mudei totalmente a minha postura e chego a exigir. Faço-o porque é um direito nosso e este é o único momento em que podemos usufruir dele.

O Rafa superou as melhores expectativas

Cheguei a escrever sobre os ciúmes que o Rafael poderia vir a sentir dos irmãos e até sobre a forma de preparar os manos mais velhos para a chegada dos mais novos, mas, sinceramente, foi sempre um tema que me deixou algo apreensiva. Sempre receei que o meu birras mais velho se comportasse de uma forma diferente após o nascimento dos irmãos e não me perguntem porquê. Ele só tem três anos e sempre foi muito ciumento quando outras crianças estão por perto, mas, confesso, estava à espera que fosse pior. É certo que o preparámos durante os oito meses de gravidez e desde o nascimento sempre nos esforçámos para que não se sentisse minimamente excluído, mas a verdade é que o resultado superou, e muito, as nossas expectativas. Ainda que não seja muito justo sermos nós a ficar com todos os louros, porque muito vem da essência especial deste menino que tem tanto de birrento como de amoroso.

Os altos e baixos dos primeiros tempos

Os dias têm sido uma autêntica loucura. Entrar na rotina é sempre o mais complicado, mas sei que acabarei por conseguir. Muitas de vós me questionam como posso ter esta postura tão descontraída e fazer as coisas sempre com um sorriso no rosto. Bem, confesso que é todo um processo cheio de altos e baixos. Aprendi muito durante o internamento, sinto que cresci e me tornei uma mulher mais forte. Tive muito tempo para pensar e projetar a mãe que queria ser quando eles nascessem, mas não posso dizer que esteja a ser fácil. Se com um filho as coisas já são difíceis, imaginem com três em que dois deles são recém-nascidos.

Tento sorrir muito, brincar com o mais velho sempre que está em casa e integrá-lo em todas as tarefas, tento não esquecer que também sou mulher e procuro tratar de mim, mas também já chorei, já me olhei ao espelho e não gostei do que vi, já tive de me chatear e arrepender-me em seguida, já gritei com quem não devia. Tudo isto exatamente porque os dias não são assim tão simples como parecem.

Deu negativo. Está mesmo tudo bem!

Aqui há uns dias publiquei um artigo sobre a minha mãe e sobre o seu estado de saúde. Muitas de vocês têm perguntado por ela e acho uma ternura essa preocupação, obrigada!

O facto de ter partido um braço há pouco tempo, não podendo recuperar a 100% como antigamente, e a operação ao peito para saber se teria cancro da mama têm atormentado muito o seu estado de espirito. Eu, pelo contrário, sempre estive muito positiva e confiante em relação a este tema. Não me perguntem como, nem porquê, mas dentro de mim sabia que estaria tudo bem e transmitia-lhe isso diariamente.

Estou cansada

Estes dias sem escrever no blogue e sem postar uma única foto no Facebook ou no Instagram fizeram-me bem. Desculpem a minha ausência e acreditem que pensei muito em vocês, mas precisava dedicar-me a um tema que descurei nos últimos dois meses: o meu filho, a minha família. O tempo não voou para mim, antes pelo contrário, demorou muito a passar e continua a demorar, não vejo a hora dos gémeos nascerem. Sei que a maioria das pessoas me pede para descansar, mas, não consigo, é impossível essa palavra constar no meu dicionário no momento atual.

Na quinta-feira passada, mais uma vez, recebi alta e tive oportunidade de vir para casa, junto dos meus. Se até eu fiquei confusa, imaginem o Birras mais velho. A razão da alta? Tive mais uma semana internada, com dores e contrações, mas o colo permaneceu na mesma. Fez-se uma ecografia para ver como estavam os bebés e estão bem, por isso decidiram dar-me alta.

À terceira será de vez?

Vocês merecem uma explicação por todo o apoio e carinho que me têm dado. Precisei resguardar-me pelo cansaço extremo que tenho sentido e por todos os desenvolvimentos destes últimos dias. Hoje completar-se-ia precisamente uma semana desde que regressei à minha querida casa, com ordens expressas para repousar. É óbvio que é extremamente complicado conseguir fazer exatamente o mesmo que no hospital, mas com o apoio dos meus pais e do meu marido acabei por conseguir.

No entanto, na quinta-feira à noite comecei novamente com dores nos rins e no fundo da barriga. As contrações também se tornaram mais constantes e decidimos arrancar para o hospital. Senti um misto de muita coisa: desconfortável com as dores, mas tranquila pela eventualidade de ter de entrar em trabalho de parto e já me encontrar no hospital. E sempre confiante que tudo iria correr bem.