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Uma semana para esquecer

A semana passada foi caótica para a minha família e acompanhei tudo à distância e sem conseguir ajudar grande coisa. E logo eu que sou quem se mexe para tudo e faz trinta coisas ao mesmo tempo, por isso podem imaginar o quanto me senti mal naqueles dias por estar numa cama de hospital.

Segunda-feira – Não via o meu marido desde quarta da semana anterior, porque esteve numa formação que durou de quinta a domingo. As saudades eram mais que muitas e neste dia seria a minha única visita, porque assim o exigi para termos tempo um para o outro. Ele ficou de me trazer também o almoço, porque a comida do hospital era péssima (detesto falar assim de comida, mas não há outra forma de colocar a questão). Por volta das 14h30 liga-me e diz que o carro parou na A1 e tinha de chamar o reboque. Seguiu direto para a Norauto, onde não conseguiram resolver o problema, e depois para a Peugeot, a pagar mais um reboque pelo meio, para verem se finalmente arranjavam uma solução e, até ver, nada. O carro está lá desde segunda da semana passada, a tentarem chegar a uma conclusão. Ao que parece, a correia de distribuição partiu e ainda terão de perceber se isto não causou danos sérios no motor. Em suma, ótima altura para o carro de família parar e, por isso, gastarmos uma pipa de massa no arranjo, certo?

O motivo da minha ausência

Desculpem a minha ausência, mas precisei de afastar-me e centrar-me nos meus pensamentos e sentimentos. Sei que algumas de vocês se questionam diariamente se o meu silêncio se deve ao nascimento dos birras, ou se aconteceu algo, e é normal pois já fazem parte do meu universo. Mas ainda não foi desta 🙂 

A semana passada foi muito atribulada, no próximo artigo posso contar-vos o que aconteceu, mas nada relacionado com os gémeos, graças a Deus!

Parabéns a vocês, a nós, e obrigada!

O Blog está hoje de parabéns pelo seu 1* ano! E que ano…
Estou a festejar este marco na cama de um hospital muito bem acompanhada, porque neste momento batem três corações dentro desta Mãe. Acho que não poderia desejar uma bênção maior. Quem diria que, 365 dias depois de lançar um blog de maternidade que expõe a realidade do dia a dia de uma família como tantas outras, iria estar grávida de gémeos? Este é, sem dúvida, um dia diferente e nunca o esquecerei. Até já tenho medo de perspetivar o 2º aniversário… ahahahah

Nunca pensei que, em apenas alguns meses, conseguisse conquistar tanto com a minha verdade e que vocês gostassem de a acompanhar. Sou jornalista, apresentei programas de turismo, magazines culturais e a imparcialidade tinha de estar presente todos os dias. Aqui é exatamente o contrário. Aqui posso falar abertamente do que quero, de como me sinto, posso dar a minha opinião e, confesso-vos, sabe tão bem!
Acreditam que nunca tive tanto feedback ao longo da minha carreira como agora? Habituada a comunicar sempre em televisão, a escrita não era uma prioridade e, entretanto, passou a ser. Adoro fazer vídeos – e podem registar que apostarei novamente neste conteúdo a breve trecho – mas escrever tem sido tão desafiante que se tornou também numa paixão.

Proibido lamentar-me

Aqui dizem que estou sempre com um sorriso na cara, que encaro cada adversidade com muita facilidade e que, por isso, estou a aguentar tão bem. Os meus amigos ficam incrédulos como consigo estar tão descontraída perante tantos acontecimentos, a minha família quando me vê mais cansada estranha logo e acha que já é algo de muito grave. Mas não é. Apenas começo a ficar farta e acho que é perfeitamente normal sentir-me assim. Um mês, minha gente! Amanhã faz um mês que estou internada!!!

As contrações são mais que muitas e os enfermeiros até ficam incrédulos como não me queixo. Todos os dias entram e saem senhoras para ter os seus bebés e, por isso, já conheci mais novas mamãs desde que estou aqui. Uma autêntica viagem pelo mundo sem sequer sair deste quarto: Paquistão, Roménia, Guiné, Angola, Cabo Verde, Brasil. Estas senhoras, ao contrário de mim, permanecem apenas dois ou três dias e, mesmo assim, acabam por chorar, porque não aguentam ficar aqui fechadas. Falam das suas culturas e o quanto lhes faz impressão adaptarem-se à nossa, lamentam-se e contam a sua história, choram constantemente agarradas aos namorados e ao telefone com as mães. Quando ouvem a minha história não querem acreditar e rapidamente me transmitem que não aguentavam. Como assim, não aguentavam? Pela saúde dos vossos filhos não aguentavam? Iriam chorar e lamentar-se diariamente para tudo isso ser passado para eles e dificultar toda a terapêutica para os aguentar o máximo de tempo na vossa barriga? Às vezes tenho mesmo de me desligar dos comentários alheios, porque são muito desmoralizantes.

Tornei-me na Mãe que critiquei

Fotografia Dois é Par

Sim, sou a mãe que critiquei e por diversos motivos. Antes da maternidade aparecer no nosso caminho sentimos que somos donas da razão, especialmente quando vemos o caos que envolve outras mães. Quando falo em caos refiro-me às coisas menos boas deste mundo, que parece sempre cor-de-rosa e muitas vezes tem cores bem mais escuras do que pensamos (o raio da palete da maternidade é diferente, bolas!).

Se soubesse o que sei hoje não teria criticado, olhado de lado ou comentado com amigas metade das coisas que presenciei (crescendo e aprendendo!). Ser mãe é muito complicado, não é mesmo nada fácil abraçar este “trabalho” e não ver os contras. Os prós superam? Claramente, mas as coisas menos boas às vezes tendem a equilibrar a balança e é aí que trememos.

A importância do Pai na Gravidez

Fotografia Dois é Par

Quando estamos grávidas parece que entramos num mundo à parte, e raramente deixamos alguém entrar. Por vezes até condicionamos a entrada do Pai, e não podemos ser egoístas e esse ponto, embora eu compreenda que muitas vezes nos falte a lucidez e consciência. A verdade é que ambos vivemos a gravidez de formas diferentes, mas o Pai é essencial nesta jornada.

A presença dele é essencial em todas as fases, durante a gravidez e no durante e pós-parto. Ele pode até não compreender os nossos sintomas, o nosso mal-estar, a nossa instabilidade emocional, não sentir os pontapés dos nossos bebés e um sem número de outras coisas que são tão nossas e difíceis de transmitir e explicar, mas temos de integrá-lo, pouco a pouco, nesta nova realidade para que este se possa ir habituando e estar mais preparado na hora em que o bebé chegar. 

Vamos lá dar a volta ao mau feitio do nosso filho

Há uns dias uma grande amiga ligou-me desesperada a dizer que a filha andava com um feitiozinho daqueles que até a faz fugir… Birras e mais birras… Disse-me também que iria deixar de ir a certos sítios pois ela não consegue ficar quieta, quer tudo, atira-se para o chão aos gritos, fica com o corpo como uma pedra e deixa-a à beira da loucura. Pediu-me conselhos e algumas dicas pois tenho um pestinha aqui em casa que é exatamente o mesmo… Ela ia descrevendo a filha e a mim parecia-me que estava a falar do Rafael ahahah

Vamos lá dar a volta ao mau feitio dos nossos birras?

Estas foram as dicas que eu lhe dei e apesar dela dizer que já tinha implementado algumas iria tentar novamente…Muita paciência e não desistir é o truque 🙂

  • Antecipa-te

Nós melhor que ninguém conhecemos os nossos filhos e sabemos quando uma birra está a prestes a chegar, basta estarem em dia não. Vamos distraí-los pode ser? Vamos ser mais espertas e mudar de assunto para outro que os deixe entusiasmados, uma brincadeira que eles adorem. Vamos mudar o caminho que o pensamento daqueles birrinhas estariam prestes a fazer naquele preciso momento.

Não gosto de ti Mãe!

“Não gosto de ti Mãe” tem dito o Rafael ultimamente, quando o contrario, quando não lhe faço as vontades, basicamente quando digo NÃO. Nunca fiz esta chantagem com o meu filho, quando ele não age como esperado e dizer-lhe que não gosto dele ou que é feio. Acho a maior parvoíce este tipo de comentários e oiço tantas vezes outros pais dizerem isto e até mesmo pessoas da família. Quando é dirigido a ele repudio logo o comentário, quando são outras pessoas que não nos envolvem não posso fazer mal mas fico toda roída por dentro.

Vou contar-vos um episódio que aconteceu no domingo à noite:

Depois de um fim-de-semana na casa da Avó, no domingo ao final do dia o Pai foi buscá-lo e levou-o a passear e às compras ao supermercado, ele adora e ficou todo contente. Cheguou ao pé de mim e estava distante, nem um abraço e um beijinho me queria dar, isto não é nada normal nele. Dei-lhe o espaço que queria e precisava na altura mas mais tarde pedi-lhe um beijinho novamente e foi aí que saiu a bomba.

Não dou…Não gosto de ti Mãe! Eu só gosto do Pai e tu só gostas dos manos.

Cala-te BOCA! 11 coisas que não deves dizer a uma Mãe

Para ti que ainda não tivestes filhos, para ti que tens mas já te esqueceste como foi e para mim que pensei e disse quase tudo o que se segue sem conhecimento de causa.

Peço desculpa a todas as minhas amigas que tiveram filhos antes de mim, pois agora entendo todos os comportamentos que tiveram… É tão fácil falar quando não passamos pelas situações, o difícil é depois engolir os sapos!

Então vamos a isso…

O que não deves dizer a uma Mãe?

        1. Assim que o teu filho nasceu desapareceste!

Mas isso é óbvio! A nossa vida dá uma volta de 180º e as prioridades mudam, as exigências de um bebé são enormes e ainda nos cobram as saídas, os telefonemas e os cafés? O tempo livre que temos é para comer e tomar banho…