Uma semana para esquecer - Birras em Direto

Uma semana para esquecer

A semana passada foi caótica para a minha família e acompanhei tudo à distância e sem conseguir ajudar grande coisa. E logo eu que sou quem se mexe para tudo e faz trinta coisas ao mesmo tempo, por isso podem imaginar o quanto me senti mal naqueles dias por estar numa cama de hospital.

Segunda-feira – Não via o meu marido desde quarta da semana anterior, porque esteve numa formação que durou de quinta a domingo. As saudades eram mais que muitas e neste dia seria a minha única visita, porque assim o exigi para termos tempo um para o outro. Ele ficou de me trazer também o almoço, porque a comida do hospital era péssima (detesto falar assim de comida, mas não há outra forma de colocar a questão). Por volta das 14h30 liga-me e diz que o carro parou na A1 e tinha de chamar o reboque. Seguiu direto para a Norauto, onde não conseguiram resolver o problema, e depois para a Peugeot, a pagar mais um reboque pelo meio, para verem se finalmente arranjavam uma solução e, até ver, nada. O carro está lá desde segunda da semana passada, a tentarem chegar a uma conclusão. Ao que parece, a correia de distribuição partiu e ainda terão de perceber se isto não causou danos sérios no motor. Em suma, ótima altura para o carro de família parar e, por isso, gastarmos uma pipa de massa no arranjo, certo?



Terça-feira – O Rafa está em dia não e faz uma birra que há muito não se via. Não se queria vestir, não queria ir para a escola e fez a cabeça do pai em água. Também neste dia a minha Mãe foi operada ao peito e, por mais que estivéssemos todos positivos, a preocupação era grande. O meu pai teve de arranjar seis braços para conseguir cuidar da minha irmã, levar a minha mãe ao hospital, visitar-me e trazer-me o que precisava, ir buscar novamente a minha irmã e o Rafa à escola, cuidar deles e fazer-lhes o jantar. Imaginam o que é ter de cuidar sozinho de uma criança de três anos, que tem energia para dar e vender, e da minha irmã, que tem 28 anos e uma deficiência grande e crises diárias? A operação correu bem, pelo menos o dia acabou bem!

Quarta-feira – O Edi discutiu com a administrativa da Peugeot, porque lhe deu informações diferentes das que lhe tinham dado no momento da compra do carro. Já eu, por outro lado, começo a fazer planos para comprar um novo carro. Algo que, como devem imaginar, estava totalmente fora de cogitação para os próximos tempos. As dores voltaram e as contrações estão mais fortes…

Quinta-feira – O Edi andou a semana toda com o meu carro e, quando ia novamente para a formação após ter-me visitado no hospital, também este decidiu não pegar. Sim, os nossos dois carros avariaram num espaço de 4 dias! Macumba, será? Nem queria acreditar, mas depois fartei-me de rir porque até parecia anedota.

Sexta-feira – Chegámos às 34 semanas e uma boa notícia finalmente…No entanto as dores estão cada vez mais intensas, não durmo nada, as contrações voltaram… Só pensava que se aproximava o parto… Mas ainda queria esperar pelo menos pela ecografia de segunda-feira.

Sábado – Era o dia de visita do meu mais que tudo, estava ansiosa por ver o meu tesouro. Veio a correr pelos corredores a chamar pelo meu nome, o meu sorriso já estava de orelha a orelha e assim que me vê, os seus olhos brilham e abraça-me com muita força. Quando estava na altura de se ir embora, fez uma birra daquelas gigantes, tive a tentar acalmá-lo mas sem muito efeito. Voltei para a cama e o meu pai tentou levá-lo, teve de voltar para trás, soluçava e só chamava pelo meu nome, até as lágrimas escorriam no rosto do meu pai por assistir àquela situação. O meu filho tinha atingido o limite e já não conseguia controlar as emoções guardadas durante todo aquele tempo… Ouvi os gritos no corredor, levantei-me da cama e ele atirou-se para o meu colo, algo que já não fazia há meses por não poder, ficou junto a mim a tentar acalmar-se e todos os que assistiram àquele momento ficaram sensibilizados. Fiquei sem chão naquele instante, tive de respirar fundo, porque não conseguia parar de chorar. Não queria ir embora e nós respeitámos, ele teria o seu tempo e assim aconteceu…

Domingo – Correu bem, o meu Birras veio visitar-me de novo e até esteve bem disposto. Não dormi foi nada de jeito pois a ansiedade para fazer a ecografia na segunda-feira e saber o resultado era enorme. Teria alta ou não? Estaria tudo bem com os gémeos?

A semana já acabou e esta começou da melhor maneira, vim para casa!

Beijinhos

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1 Comentário

  • Patrícia 6 anos ago Responder

    Boa sorte e muita força para os próximos tempos! Pensa positivo e tudo vai correr bem beijinhos

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