Birras em Direto - Página 2 de 27 - Birras de uma Família numerosa

Os pés dos vossos Birras também cheiram a morango?

A escolha do calçado para os nossos filhos tem de ser consciente pois os seus pés ainda estão em desenvolvimento. Claro que temos de ponderar relativamente aos valores e por isso trago-vos uma sugestão de uma marca de calçado que já conheço há uns anos e que gosto bastante.

O primeiro contacto que tive com a Pisamonas foi quando andava à procura de calçado para o Rafael quando ele tinha 2 anos. A marca é espanhola e tem uma forte presença na internet. Sei que para muitas Mamãs a compra online pode ser assustadora mas acreditem que esta marca facilita todo o processo, principalmente pelo facto da entrega ser feita em cerca de 3 dias úteis e as trocas serem gratuitas. A experiência que tenho é que para além de serem muito bonitos, são muito confortáveis, de ótima qualidade, têm uma grande diversidade tanto a nível de modelos como de cores e acreditam que cheiram a morango? É mesmo verdade… Os pezinhos dos nossos Birras cheiram tão bem 🙂

O caos da quarentena

Vocês vão acompanhando as publicações que faço onde vos conto como são os nossos dias. São realmente caóticos, uns momentos mais calmos, outros mais agitados, outros com birras, outros com gargalhadas, outros de muito cansaço, gritos, arrependimento no segundo seguinte… Tudo aquilo que uma família tem direito. Não é por mostrar fotos com lindos sorrisos que a nossa vida é perfeita e já me conhecem um bocadinho para saber que as partilhas que faço são reais e mostram o lado menos bom da maternidade. O certo é que tento sempre ver também o lado positivo da situação mas durante a quarentena foi muito difícil. Acordava com a certeza que naquele dia não ía levantar a voz, não me ía chatear com os miúdos, iria conseguir arrumar a casa e limpar, fazer refeições saudáveis, fazer atividades com eles, exercício físico e ainda trabalhar – sim porque estou em teletrabalho desde o início. Eu juro que acreditei neste milagre durante alguns dias ahahah mas não foram muitos.

As birras arrasam convosco?

O Rafael sempre foi uma criança com bastante tendência para fazer birras. No início ouvia todas as opiniões e chegava mesmo a pensar que a culpa só poderia ser minha e do Pai. Colocava tanta pressão em cima de nós pelas birras dele que me sentia bastante frustrada e quase sem capacidade para reagir.

Quando pensam que a tua vida é perfeita…

Estas palavras foram escritas pelo meu marido na sua página e eu decidi partilhar convosco porque nem sempre as redes sociais mostram o que estamos realmente a sentir e a viver…

Com “isto tudo” sinto necessidade de partilhar, de forma curta e direta:

– Há pouco mais de 1 ano, tive um Burnout
– Há pouco mais de 1 ano, comecei a ter crises de ansiedade
– Há pouco mais de 1 ano, comecei a ter ataques de pânico
– Há pouco mais de 1 ano, pensei que ia morrer ali, sem saber como nem porquê
– Há pouco mais de 1 ano que o meu propósito não é o mesmo
– Há pouco mais de 1 ano, cheguei ao meu limite
– Há pouco mais de 1 ano que não sou o mesmo
– Há pouco mais de 1 ano que sinto que falhei e continuo a falhar
– Há pouco mais de 1 ano que perdi coragem
– Há pouco mais de 1 ano, percebi que afinal a minha mente não era inabalável
– Há pouco mais de 1 ano, percebi que o passado não se apaga, fica em nós e em algum momento volta à nossa vida
– Há pouco mais de 1 ano, comecei a sentir que tudo o que tinha, era ou acreditava, em poucos minutos, não servia para nada
– Há pouco mais de 1 ano, senti de forma dura e fria, que o super-homem também fica sem capa
– Há pouco mais de 1 ano, percebi que ajudar os outros não é mais importante que ajudar-me a mim próprio
– Há pouco mais de 1 ano, comecei a perceber que o medo de morrer supera qualquer dor que outrora sentimos
– Há pouco mais de 1 ano, que me olho ao espelho e tento encontrar-me
– Há pouco mais de 1 ano, que olho para trás e todas as montanhas que subi, que me fazia sentir orgulhoso e de peito cheio, por e simplesmente não tem o mesmo impacto em mim
– Há pouco mais de 1 ano que preciso parar
– Há pouco mais de 1 ano que procuro virar a página
– Há pouco mais de 1 ano que procuro por essa página
– Há pouco mais de 1 ano que procuro entender se este novo eu (que não sou eu) é passageiro
– Há pouco mais de 1 ano que preciso de paz
– Há pouco mais de 1 ano, tenho saudades de mim
– Há pouco mais de 1 ano que choro em “silêncio, sem lágrimas
– Há pouco mais de 1 ano que procuro avançar

Poderia ficar aqui durante horas… Mas há pouco mais de 1 ano que tenho vindo a descobrir que em cada novo dia que nasce, um novo caminho se abre.

Poucos conhecem a minha história. (Penso em partilhar muito em breve).

Mas quem priva comigo, sabe que independentemente do PROBLEMA (Não! Não eram desafios. Eram mesmo PROBLEMAS!), eu, de uma forma muito natural encarava ele de frente, com um sorriso verdadeiro e genuíno e com uma FOME de crescer e evoluir com esse problema.

Eu acreditava plenamente que todos esses problemas que vivi, ao longo de 33 anos, tinham-me transformado num Homem de Ferro. Que conseguia sentir e ser, de forma muito intensa e emotiva, mas ao mesmo tempo com um escudo invisível que me protegia de tudo e todos.

Há pouco mais de 1 ano, descobri que esse escudo também se parte e precisa ser reparado.

Talvez demore mais 1 ano, mas irei reparar, peça por peça, esse escudo.

E quando regressar. Quanto o meu eu voltar (ou re-nascer).

Não voltarei só com esse escudo. Só com a capa do Super-Homem.

Voltarei mais forte. Mais genuíno. Mais confiante. Mais feliz. Mais em paz. Mais corajoso.

Não sei quando será, mas quando for, eu saberei.

Há pouco mais de 1 ano, uma parte de mim morreu. Desapareceu. Evaporou-se. Fugiu.

Não a quero encontrar para voltar a ser o que era. Quero apenas colar as peças e construir um novo EU.

Obrigado a todos, que ao longo destes anos me têm ajudado a ser um bom Homem, um bom Pai, um bom Amigo, um bom Profissional, um bom Filho, um bom Irmão, um bom Ouvinte, uma boa Pessoa.

A vida dá muitas voltas. Muitas vezes precisamos dar a volta com ela e dançar ao seu ritmo. Outras vezes precisamos abrandar (ou até mesmo parar) e observar para onde ela se dirige.

A vida é única e maravilhosa. Mas ao mesmo tempo é muito difícil. Desafiante. Uma merda. Fodida!

A mente pode ser a nossa melhor amiga, ou a pior inimiga.

Sempre tive uma paixão por ela. Não vou desistir agora. Mais cedo ou mais tarde, vamos ser os melhores amigos novamente.

Não sei bem porque razão decidir partilhar isto. Foi espontâneo. Não procuro likes nem partilhas, até porque raramente escrevo algo aqui.

Talvez consiga ajudar pelo menos 1 pessoa, a perceber que não é a única a sentir-se uma merda, um fracassado, que não tem solução para o seu problema e que isso tudo é uma mentira da sua cabeça e que a ajuda está mais perto do que ela pensa.

Ser (ou estar) vulnerável não é vergonha. Falhar ou Fracassar não é vergonha. Pedir ajuda não é vergonha. Parar não é vergonha. Dar 2 passos atrás não é vergonha.

Não desistas. Nunca. Vieste a este mundo para aprender, acrescentar, agregar, partilhar, sorrir, fazer sorrir, deixar o teu legado, ser feliz e não melhor.

Não desistas. Olha-te ao espelho. Encara-te. Faz as perguntas certas. E pede ajuda.

Não fales só com a tua mente. Não ouças só a tua mente. Pede ajuda.

Não precisas ser melhor que ninguém. Só precisas ser feliz. E para isso, precisas de tão pouco.

Desculpa. Perdoa-me. Obrigado. Amo-te.

Um abraço a todos.
Edi 💪🏿

A preocupação do Rafael

Fotografia Piccola Stories

Há uma semana senti-me muito mal. Vomitei imenso, estava cheia de dores no estômago, na zona lombar, com muitos suores e calafrios… Estava mesmo desesperada com a situação mas tentei não fazer barulho para não acordar as crianças pois se o caos já estava instalado sozinha, com eles então vinha a casa abaixo.

Consegui perder peso na Quarentena?

Fechada em casa há quase 1 mês será que consegui fechar a boca também aos doces, massas, pizzas, fast food?

Será que perdi peso? Mantive? Ganhei ? 

 Espreitem o vídeo que fiz com a minha nutricionista… É basicamente uma consulta online, com dicas muito importantes 

https://www.facebook.com/116537395717457/videos/217103036059532/

O primeiro passo da mudança

No final de 2019 já tinha decidido que 2020 seria essencialmente para cuidar de mim, para voltar a apaixonar-me pelo meu corpo, pela minha mente, pela Marta que tinha realmente saudades. 

Andava com falta de energia, saltava refeições, comia pouco durante o dia e muito à noite, o que era totalmente errado. Para ser sincera o meu maior problema sempre foi ao final do dia, ficava cheia de fome, só me apetecia comer doces e comidas pesadas mas logo de seguida ficava mal disposta. O facto de ter uma grande diversidade de restaurantes perto da minha casa ajudava nesta situação, pois num dia comia um hambúrguer, no outro pizza, sushi, massas… e para ajudar à festa, tenho uma ótima pastelaria mesmo no meu prédio e os bolos são uma tentação impossível de resistir. Sentia que o pecado estava sempre ao virar da esquina e as desculpas da falta de tempo porque trabalho durante o dia, tenho outro projeto em mãos, cuidar de uma família com três miúdos, tudo isto e muito mais deixava-me totalmente de rastos e ía buscar o conforto na comida.

O internamento da Diana

Recebi inúmeras mensagens carinhosas e recheadas de amor a partir do momento que partilhei convosco o internamento da Diana. Foram dias atribulados e muito cansativos e não só para mim e para o pai mas também para os nossos filhos e quem se disponibilizou a ajudar e efetivamente o fez. É realmente nestas alturas que vemos quem está lá, quem o faz por amor, quem quer prestar auxílio verdadeiramente. Ao longo dos anos tenho sentido na pele algumas desilusões mas algo que tenho a aprender, efetivamente, é não criar expetativas, não esperar nada de ninguém pois só assim conseguirei prevenir o desapontamento.

Não existem corpos perfeitos

A palavra dieta para muitos pode significar fracasso, para outros uma meta a atingir ou até a salvação da sua saúde. Para ser sincera nunca pensei vir a precisar de fazer dieta para me sentir bem com o meu corpo – eu explico porquê.

Sempre fui uma criança e adolescente muito magra, tinha imensos complexos com o meu corpo pois diariamente faziam questão de reforçar este sentimento apelidando-me Olivia Palito. Tomava comprimidos para engordar, comia um pão inteiro antes de adormecer pois sabia que durante a noite não iria queimar calorias, vestia dois pares de calças por baixo de outras para parecer mais gorda… Não imaginam as coisas que inventava só para conseguir aparentar a imagem que na minha cabeça estaria perto da perfeição. Os meus pais e os meus amigos não faziam ideia disto!