Desde que fui internada, que tens sido pai e mãe ao mesmo tempo.
Tentas aguentar tudo, mas sei que fraquejas e que não é fácil.
Durante a noite envias-me mensagens porque não consegues dormir…
Se eu sofro, imagino tu!
Entre as tarefas de casa, visitas ao hospital, reuniões, trabalho, tu ainda és Pai.
Um Pai tão presente.
Um pai que várias vezes ao dia tenta explicar da melhor forma ao filho a ausência da mãe.
Nem sempre consegues, mas não desistes.
Tenho tanto orgulho!
Um Pai que tenta concentrar-se no trabalho e nas reuniões, quando ao mesmo tempo recebe mensagens da mãe a dizer que as contrações voltaram e as dores também…
Desculpa por te distrair, mas não consigo evitar por precisar sempre de ti.
Um Pai que tem cuidado da casa, apesar de ser com supervisão da mãe via telemóvel.
Eu sei que sabes fazer tudo, e que eu sou uma chata, mas também sei que sem mim te sentes perdido!
Dizes-me que sentes a casa vazia sem mim, por mais vida que o nosso filho lhe possa dar. Acredita também me fazes muita falta.
Tentas colmatar a revolta que o nosso filho sente com todo o amor e carinho que tens, sei que dás o teu melhor.
Dizes-me, olhos nos olhos, que me amas ainda mais (apesar de estar num estado lastimável).
Contas-me histórias felizes para não me afastares da esperança.
Imaginas e partilhas comigo planos bonitos com os nossos três filhos.
E, passados 13 anos, ainda me fazes acreditar mais no amor.
Escreveria um livro sobre a nossa história, um digno conto de princesas!
Um dia os nossos filhos vão saber que são fruto de um amor para a vida toda, ah se são!
Obrigada por tudo!
Amo-te ❤
Marta Rodrigues
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