( Escrevi este texto quando saí do internamento, na semana passada. Fala sobre o meu regresso a casa )
Chegar a casa depois de quase dois meses de internamento e ver que muita coisa está diferente, que o meu marido soube cuidar dela, do nosso filho e da nossa cadelinha, enche-me de orgulho. Embora saibamos que é impossível ter tudo à nossa maneira, somos mulheres e está-nos no sangue querer sempre algo mais.
Mal cheguei e logo iniciei o habitual processo de “inspeção” não intencional. Comecei a olhar para todo o lado e com uma vontade quase incontrolável de arrumar tudo à minha maneira, mas não posso. O repouso que me pediram para fazer é muito importante para o bem-estar dos três, por isso tenho de acalmar-me não só a nível físico como também psicológico. Deveria encaixar isto na minha cabeça à medida que vos escrevo este texto, mas não está fácil, é mais forte que eu, por isso tento ver séries, escrever, dormir e comer (muito, por sinal ahahah). Um dia destes falo-vos no peso…
Durante o internamento pedi ao pai das crianças para fazer a minha mala e a dos gémeos, com alguma ajuda minha via telefone. Assim que cheguei a casa pedi para me trazer as malas à cama, só para confirmar se estava tudo certo. E não é que estava mesmo? Fiquei tão contente. Ele dizia que sentia a minha falta e que, mesmo sabendo fazer as coisas, se sentia desorientado sem mim, mas a verdade é que fez um ótimo trabalho.
Há uns meses descobrimos que a nossa cadelinha tinha um sopro no coração e que, por isso mesmo, teria de emagrecer muito, mas logo assim que cheguei apercebi-me que tinha os comprimidos e a sua comida toda orientada. E estava bem mais magra, com mais energia e claramente mais feliz. Tão bom!
Vá, mas também não foram só coisas maravilhosas. O rapazito deixou morrer a minha planta protetora (Espada de São Jorge), mas já o encarreguei de comprar outra.
Para além do meu marido, os meus pais também têm sido incansáveis. Não há nada que me falte, o meu pai, como já vos tinha contado, parece o Super-Homem e, entre a sua casa e a minha, consegue fazer tudo, a minha mãe, apesar de não poder fazer esforços por ter sido operada recentemente, continua a ajudar-me em casa com a roupa, com a alimentação e com o Rafa. O que seria de mim sem estes tesouros?
Os dias continuam a passar e estou cada vez mais cansada e os receios do parto, das dores, do pós-parto começaram a aparecer. Será que vão estar bem para não irem para a Neo? Será que vou conseguir amamentar os dois? Será que vou conseguir dar conta de toda a logística? E como irá reagir o Rafa?
Sabem o que vos digo? Tenho tempo a mais para pensar, por isso perco-me nestas ansiedades.
Ainda faltam algumas coisas para ficar tudo pronto para a chegada da Diana e do Diego. O berço não está montado (sim, vou juntá-los no início por indicação médica), não comprei ainda o muda-fraldas, entre muitas outras coisas que ainda estão por fazer. E eu que ando sempre mais à frente, estes birras trocaram-me as voltas nos últimos tempos. Mas tudo se resolve.
Beijinhos
Oi!! Te achei pelo Instagram e vi um pouco da sua luta! Tenha fé tudo vai dar certo tenho 2 meninas hoje com 8 meses gêmeas univitelinas e passei um sufoco com elas mas consegui nasceram com 36 semanas… força
Olá 🙂 antes de mais parabéns pelos gémeos <3
Quanto ao post de hoje o que te posso dizer ( posso tratar por tu?) é… RELAXA. E porque digo isto? Bem por vários motivos, o primeiro deles deve-se ao facto de que também fui mãe de gémeos (fizeram 1 ano há 2 semanas), acreditava durante a gravidez e continuo a acreditar que uma mãe relaxada tem bebés menos estressados. Segundo porque se é para repousares, o stress não ajuda em nada a evitar o parto prematuro.
Quanto às outras dúvidas como amamentação, quando chegar a altura vais conseguir decidir a melhor forma de o fazer afinal, nem sempre tem de ser ao mesmo tempo.
Aproveita toda a ajuda que tens tanto agora como depois, vai ser necessária vais ver mas rodeia-te apenas dos mais próximos porque muita gente não ajuda só atrapalha!
Beijos e uma hora pequenina.