Ainda não tinha tido coragem de escrever sobre a minha primeira filha, sobre a Yara, o meu primeiro animal de estimação mas hoje vão poder conhecer um pouco melhor a princesa que tanto amámos.
Ainda não tinha tido coragem de escrever sobre a minha primeira filha, sobre a Yara, o meu primeiro animal de estimação mas hoje vão poder conhecer um pouco melhor a princesa que tanto amámos.
Há uns dias o meu marido enviou-me uma mensagem em tom de desabafo, dizia que precisávamos de uns dias para nós, sem filhos. Aquele sentimento agridoce invadiu-me e fiquei sem saber se seria uma ótima opção ou não. Por um lado pesava o facto de precisarmos de tempo para os dois, de recarregar baterias e alimentar a paixão mas por outro deixar, os miúdos durante esse tempo com os avós, tios e tias deixa-me um pouco desconfortável. Explico porquê – Confio plenamente na minha família mas se os miúdos ainda não dormem uma noite seguida connosco como será com outras pessoas? Não estão habituados à nossa rotina, às suas necessidades… O homem lá de casa diz que estou a exagerar e até pode ter razão. Diz que estou muito agarrada aos Birras e tenho de relaxar. Eu até acho que sou bastante descontraída relativamente a esse assunto mas há sempre outras visões. Nós adoramos viajar, adoramos escapadinhas de fim de semana, seja dentro ou fora do país e já não o fazemos desde o verão, acho que já estamos a precisar.
Posso desde já afirmar que sou uma ciumenta descarada quando vejo a cumplicidade que existe na relação da minha filha e do meu marido. Para ser sincera eu sou a verdadeira Menina do Papá e já deveria prever que a minha filha fosse pelo mesmo caminho, pois tive a sorte do seu pai ser tão extraordinário como o meu, ou seja, como o seu avô. Era um dos meus maiores sonhos – ter uma pessoa ao meu lado que fosse tão bom Pai como o meu.
Desde pequena sempre fui incentivada pelo meu Pai a arriscar, a ir em frente para conseguir aquilo que realmente queria… Passava dias a ponderar e quando o meu pai percebia a minha indecisão e às vezes mesmo sabendo que ia falhar, ele dava-me força para avançar. Eu precisava deixar os medos para trás, precisava de arriscar e falhar para aprender com os meus erros! Hoje faço uma retrospectiva e lembro-me de todos esses momentos… Faz-me querer educar os meus filhos da mesma forma…
Já me perguntaram várias vezes como reagiria se um dos meus filhos fosse homossexual. Só quem não me conhece realmente, faz uma pergunta deste género. Nada iria mudar…o amor que sinto pelos meus filhos sejam eles heterossexuais ou homossexuais será exatamente o mesmo! Se ficaria preocupada? SIM… Mas com a forma como poderiam ser tratados pela sociedade!
No seguimento deste assunto perguntei ao meu colega de trabalho e amigo João Costa se um dia gostaria de ter filhos com o seu namorado e quais seriam os seus maiores receios.
Ele respondeu:
Hoje estou cansada, estoirada! Nunca pensei que ficasse tão desgastada a tentar conciliar tudo nesta nova fase da minha vida. Até a escrever tenho dificuldade em me concentrar, e são várias as vezes que disperso o pensamento e viajo para outras realidades.
Gosto muito de ler histórias ao Rafa e ontem quando fomos para a cama, ele insistiu para lhe dar o telemóvel com o objetivo de ficar vidrado no youtube, mas eu resisti e disse que NÃO. Disse também que lhe ia contar a história dos mosqueteiros e ele lá acalmou. Aninhou-se no meu peito e eu a sentir aquela melancolia do crescimento repentino dos filhos, abracei-o com muita força ao ponto dele se queixar (risos).
Já passam das 22h e a casa devia estar em silêncio para poder preparar o dia de amanhã e organizar a confusão que os birras fizeram dentro destas 4 paredes. No entanto, a Diana ainda chora pois deve estar com algum desconforto, o Rafa teima ir para a sua cama e faz a sua 10º birra diária e o Diego é o único que dorme (estranhamente).
Hoje os birrinhas mais novos fazem um ano!!! O seu primeiro ano de vida… Que emoção.
O tempo passou a voar e eu nem dei conta. Receio ter perdido alguns dos melhores momentos, mas acho que é mesmo só a consciência, de Mãe galinha, a pensar parvoíces. Há um ano escrevia sobre o vosso nascimento e hoje escrevo sobre o vosso primeiro aniversário.
Já alguma vez se lembraram de tirar uns dias e fazerem uma escapadinha na vossa própria cidade? Pode parecer um pouco estranho mas acreditem que vale a pena.
Desta vez não fizemos a escapadinha normal, decidimos aproveitar a sexta-feira de uma forma diferente. Deixámos os miúdos no colégio e fomos diretos para o hotel. Ficámos hospedados no UponLisbon, situado em Benfica com Sintra no horizonte e o Estádio da Luz como cenário, a 15 minutos da nossa casa ( bem pertinho para depois irmos buscar os miúdos no final do dia ). Tirámos essas horas para namorar, descansar, dar uns mergulhos na piscina, beber uns cocktails, ler um livro e degustar uma refeição em paz sem birras como barulho de fundo. É importante que o casal tenha tempo para si pois a partir do momento que abraçam a paternidade o foco é quase sempre a criança e ao deixar de alimentar a relação automaticamente esta morre. Acreditem que aquele dia soube-nos pela vida e deixou-nos mais unidos… Às vezes bastam pequenos momentos para fazer toda a diferença numa relação.