Vou ter um irmão. E agora? - Birras em Direto

Vou ter um irmão. E agora?

Fotografia Sugar & Soul

Ter um irmão é o melhor presente que podemos dar a uma criança. Este será um presente para a vida mas temos de ter atenção que esta fase exige uma adaptação. O mais importante é mostrarmos que existem inúmeras vantagens na passagem de filho único para irmão mais velho.

A rotina da família é alterada e claramente pode gerar ansiedade aos pais e consecutivamente à criança. Vão existir comportamentos que nos deixarão de cabelos em pé mas que são expectáveis, normais nesta fase de adaptação. Condenar constantemente a criança pode ser o maior erro de um pai. É normal que regridam e que peçam novamente a chucha que já foi guardada, precisem novamente de fraldas pois os descuidos começam a ser constantes, os ciúmes e as birras intensifiquem e muitas outras atitudes para chamar a atenção. Os pais têm de ser firmes e mais inteligentes e arranjar estratégias que minimizem esses comportamentos.

No nosso caso a família iria aumentar com mais dois bebés e a atenção teria de ser repartida por 3. Habituado a ser filho único, o Rafael sempre foi muito mimado e birras são uma constante mas posso afirmar que intensificaram. Acho que foi o único comportamento que se destacou a partir do momento em que os gémeos nasceram.

Como lidámos com a adaptação do Rafael?

O Rafael foi dos primeiros a saber que estava grávida, embora viesse a confirmar mais tarde que não devia ter contado antes dos três meses de gravidez pois sabemos como são as crianças, abrem a boca e contam ao mundo. Explicámos que a mãe ia ter dois bebés e que ele iria ser o mano mais velho, ia ajudar a cuidar deles e que iriam ser os melhores amigos. Posso dizer que esta adaptação foi muito fácil pois ele tinha 2 amigos na escola que iam ter irmãos por isso falavam muito entre eles. E o facto de termos muitos amigos com bebés também facilitou o processo pois confirmámos que ele gostava muito e interagia com eles. Tenho uma amiga que a sua filha não deixa a mãe chegar perto de bebés e crianças pois começa logo a chorar, aqui os ciúmes são evidentes.

Envolvemos o Rafael em todas as etapas da gravidez, tanto na compra das coisinhas para os manos como nas consultas e até na escolha dos nomes. Achámos que seria importante ter este papel tão ativo.

Quando fiquei internada pensei que se iria revoltar pela ausência da mãe mas mais uma vez surpreendeu, fizemos sempre questão de explicar tudo e não o deixar com pontas soltas ou com omissões pois mais cedo ou mais tarde iria descobrir. Aceitou muito bem e sabia que estava no hospital porque os manos não podiam nascer naquela altura. Fiz questão sempre de reforçar o amor que sentia por ele, antes e após o nascimento dos gémeos. O amor não diminui nem é dividido, o coração tem espaço para amar mais e mais.

Fizemos questão de dedicar tempo a sós com o Rafael sem a presença dos irmãos. Ainda não conseguimos estar os dois com ele mas ou estou eu ou o pai. Vamos ao cinema, ao parque ou a outro sitio que ele escolha. É inevitável a alteração das rotinas em casa por isso é importante que as atividades realizadas antes da chegada dos irmãos continuem.

Incutimos alguma responsabilidade nos cuidados dos irmãos. Ele pode pegar nos bebés ao colo mas com supervisão, participa no banho, na muda da fralda, dá biberão…

Ele sente um orgulho enorme em ser o irmão mais velho e agora que entraram para a escola, faz questão de os levar à sua sala.

Acho que temos feito um bom trabalho e espero que continue assim. Contem-me como foi desse lado? A adaptação foi fácil? Que técnicas utilizaram?

Beijinhos

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