Acho que todas as Mães desejavam que o seu filho viesse ao mundo com um manual de instruções. Crescemos a ouvir dizer que nascemos para ser mães e que o instinto maternal é algo que, mal pegamos no nosso bebé, surge (como por milagre). Qual quê!? Comigo não aconteceu nada disto!
Ah e tal, vais saber de imediato como cuidar de um recém-nascido e saber identificar o porquê do choro, etc etc etc. Ai é?! O problema é que, tontas, acreditamos nisto, e quando a obra nasce, ao contrário do que nos pregam, entramos em desespero e sentimo-nos as piores mães do mundo.
A verdade, a minha verdadinha, é que não é nada fácil ser-se mãe e lidar com todas as mudanças que nos surgem. Ter um bebé é a coisa mais maravilhosa do mundo, mas também a mais assustadora e até podemos ler todos os manuais e livros do universo, como eu fiz, e quando os vemos pela primeira vez não sabermos o que fazer. Comigo foi assim. E é normal, aprender leva o seu tempo. É assim com tudo, porque não haveria de ser com o nascimento de um bebé?
Contudo, houve um livro muito bom que li e recomendo: “Bebé – Livro de Instruções”. É um livro de fácil leitura, bastante engraçado, apresenta inúmeros conselhos úteis para quem quer aprender noções básicas de puericultura e explica passo a passo todos os temas e dúvidas que achamos que podem ser ridículas se partilharmos com alguém, mas que são perfeitamente normais para qualquer pai ou mãe de primeira viagem. Por acaso já tinha comprado, ainda durante a gravidez, o livro da mesma coleção “Grávida – Livro de Instruções” e tinha adorado. Mas existe uma panóplia gigante de livros com estes temas, estes são apenas duas das minhas sugestões.
Assim que um filho nasce, nasce uma mãe e um pai e todos sabemos que o nosso primogénito traz uma sequência de situações frustrantes, muitas incertezas e alguns erros. A necessidade de aprovação dos outros é ainda maior, os olhares indiscretos incomodam-nos, e os conselhos fazem-nos sentir as piores mães do mundo. Com o segundo filho tudo pode e deve ser diferente, pelo menos assim espero (depois conto-vos se assim foi).
E, atenção, estes manuais de instruções não servem apenas para os tempos em que eles são bebés. Todas as fases são importantes e têm as suas singularidades e exigências. Encomendava já a edição dedicada à adolescência, que essa também deve ser uma verdadeira carga de trabalhos (vá lá tempo, sê meigo comigo que ainda não estou preparada para esse capítulo!)
Pela minha experiência, o mais difícil foram as primeiras noites, as cólicas, a incerteza da razão do choro, a dúvida de se estava bem alimentado. Por exemplo, o Rafa perdeu imenso peso era ainda bebé e eu não fazia a mínima ideia de que não estava a comer bem e que essa era a razão para não estar a engordar e de tanto choro. Mas lá acabou tudo por correr bem (no final, acaba sempre por correr bem não é?). O que aí virá não sei, mas cá estou expectante e recetiva a aprender tudo de novo e outra vez. De novo, sim, tudo tem sido uma novidade e as minhas dúvidas e receios acabam por ser diferentes e novas da primeira gestação. A logística de amamentar dois bebés é algo, que por exemplo, me preocupa (se quiserem partilhar experiências em relação a isto, agradeço 😊).
A maior dica que posso dar é – PACIÊNCIA. Precisamos de muita paciência para conseguirmos lidar com toda esta reviravolta e, acreditem que, as coisas boas que vivemos com eles sobrepõe as más. Mais tarde nem nos lembramos do trabalho que deram (ah que lindo cliché! Mentira, lembramos sim, só que passaríamos por tudo outra vez – masoquistas!).
Mamãs que dificuldades sentiram no início? Bora lançar uma petição para eles virem com um manual de instruções (para os homens também dava imenso jeito, aproveitamos e pedimos para os dois)?
Beijinhos
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