Fotografia Sugar & Soul Photography
A exigência da sociedade para que sejamos mães e mulheres perfeitas é tanta que, por vezes, me esqueço que sou feita de carne e osso como qualquer outra pessoa. Tento fazer tudo, e mais alguma coisa, para que todos fiquem satisfeitos, mas não sou a “super-mulher”. É difícil quando o cansaço se apodera de nós e acabamos por ceder, apesar de sabermos que isto não pode ou não deveria acontecer porque temos filhos a dependerem de nós. Mas nunca nos devemos esquecer que para conseguirmos cuidar de alguém temos antes de cuidar de nós.
Tem sido uma autêntica aventura esta nova etapa da nossa vida. Uma descoberta diária que procuro encarar com a maior leveza e com um sorriso no rosto sempre que possível. Por mais que às vezes me apeteça chorar, tento sempre contrariar essa vontade. Mas a verdade é que nem sempre sou bem-sucedida e de vez em quando lá me escapa uma lágrima, mas procuro logo motivos para levantar a cabeça e seguir em frente. Afinal de contas, tenho razões para estar triste? Claro que não! Só tenho de estar grata pela família linda que tenho, por termos saúde, por todo o amor que nos envolve e por todas as coisas boas que nos acontecem diariamente. A vida nem sempre é um mar de rosas, e muitas vezes somos derrubados por uma onda, mas se não soubermos nadar na direção certa vamos andar à deriva e o foco vai-se perdendo.
Os meus dias são sempre planeados. Embora nem sempre consiga seguir à risca tudo o que projectei fazer, pelo menos sinto que a organização está presente. Escrevo todas as noites o que tenho de fazer no dia seguinte e, por conta disto, às vezes as madrugadas são tão cansativas que o dia parece nunca ter fim. Mas tenho conseguido dar conta do recado.
Nós, as mães, vamos buscar forças onde nem sabemos que existem, é impressionante. Como é possível termos cerca de três a quatro horas de sono por dia, cuidarmos dos nossos filhos, da casa e ainda termos tempo para cuidar de nós? Há dias que só conseguimos fazer uma dessas coisas e mesmo assim custa imenso, mas há outros que, a julgar pela nossa energia, somos capazes de tudo.
Todos sabemos que um bebé exige muito, mas agora imaginem dois com o fator adicional de ter também uma criança de três anos para cuidar? Por muito que compreenda algumas coisas, existem sempre outras que deixam o Rafa triste e isso faz com que se sinta mais sozinho. É inevitável! Já falei sobre isto aqui e já tentei arranjar todas as soluções possíveis, mas custa-me tanto ouvir daquela boquinha: “não brincaste comigo hoje, nem ontem, quando vens brincar comigo?”. Parte-me o coração!!! Mas, vá, é só uma fase e eu sei que lhe demos o maior presente de todos, os irmãos.
Como costuma ser a vossa rotina quando estão de licença?
De manha começo por vestir o Rafael e preparar-lhe o pequeno-almoço, enquanto o Pai prepara os biberões dos gémeos e se despacha para ir levar o birras mais velho à escola. Depois de dar leite aos birras mais novos, arrumo a casa toda, meto a roupa a lavar e, entretanto, já são novamente horas de alimentar o Diego e a Diana. Depois almoço, continuo as minhas arrumações, estou com eles, trato do blogue (sim, também dá muito trabalho!), trato das contas da casa, compras online, etc… Entretanto, chega a minha hora santa: saio de casa para fazer os tratamentos na Bodyconcept e vou buscar o Rafa aos meus pais. Jantamos, dou banhos aos birras todos e, sem dar conta, já é hora de dormir. Hora de dormir, como quem diz…ahahah
Tenho muito mais trabalho se ficar em casa com os birras do que quando trabalhava. Ser mãe é gratificante, sim, mas também dá muito trabalho.
Não se consideram Super-Mães? Eu sei que o sou e todos os dias quero aprender para melhorar cada vez mais.
Posso não ser perfeita, mas sei que sou a melhor mãe que os meus filhos poderiam ter. 🙂
Martinha! Nem te preocupes em ser super-mãe, isso NÃO existe! É como dizes, tentamos fazer o melhor que pudemos, e tentamos todos os dias ser um pouco melhores. Uma grande beijoca, tudo a correr bem com a tua família linda de birras 😀