O balanço: 3 meses dos gémeos - Birras em Direto

O balanço: 3 meses dos gémeos

Foi precisamente há três meses. No dia 16 de Outubro de 2018 os meus gémeos nasceram, e eu jamais irei esquecer esse momento. Hoje, estão de parabéns!

E que balanço faço eu destes três meses?

Desafio é a palavra que elejo. Com o Rafa foi tudo muito diferente, mas o efeito novidade continua a existir porque agora são dois e todos os bebés são diferentes. Por um lado, por já ser a minha segunda viagem, relativizo determinadas situações e já sei como agir em muitas delas, porém, ainda não consigo dominar toda esta logística que me obriga a cuidar de dois bebés, cada qual com a sua necessidade e feitio; do filho mais velho; da família; e de mim.

Nos últimos tempos tenho estado só dedicada a eles, e tem-me sido difícil ter, pelo menos, uma hora por dia para cuidar de mim e escrever e gravar os meus artigos. Muitas vezes dou por mim a desejar que o tempo volte rápido, mas em momentos como este, de balanço, arrependo-me e tenho pena que o tempo seja tão precipitado. Afinal, já se passaram três meses!

O Diego, fisicamente, é muito parecido com o irmão e com o pai. É super sorridente e conversador, mas também tem um lado mais torto e irrita-se com facilidade (especialmente quando tem sono ou fome). Só adormece no berço com a fraldinha ou o ó-ó em cima dos olhos e não gosta de adormecer ao colo. Já a Diana é uma paz de alma, muito serena e tranquila, e adora um colinho. Fisicamente , parece-se mais comigo, pelo menos é o que dizem.

Há quem pense que os dias passados em casa com os bebés são monótonos, mas a verdade é que são tudo menos isso. Embora as rotinas sejam mais ou menos as mesmas, todos os dias eles desenvolvem mais um bocadinho (e eu também, que acabo por conhecê-los melhor – e amá-los, ainda, mais). A cada dia que passa há uma gracinha nova, uma forma de comunicar diferente, e isso enche-me o coração e torna cada dia especial. Mas, há também o cansaço, o desespero e a insegurança. O Rafa, embora muito contente e atento aos irmãos, tem feito cada vez mais birras, e nós não sabemos como lidar com elas nem reduzi-las. Queremos ser exemplares em cada tarefa, mas a sensação é que alguma coisa está a falhar, e por vezes é só no abraço do meu marido que me acalmo e ganho forças de novo. Um abraço que ganhou uma força maior agora, por serem já mais escassos pela falta de tempo e o nosso desgaste.

Diria, em resumo, que estes três meses têm sido de facto muito desafiantes ao nível emocional (sobretudo) e físico. As horas de sono são poucas, a energia nem sempre existe, mas o amor está lá sempre e vai suportando tudo com grande firmeza. Felizmente, vou tendo a ajuda dos meus pais que em alguns momentos me ficam ou com o mais velho ou com os mais novos, permitindo-me tirar “umas férias” por umas horas.

Que venham mais três meses recheados de muito amor e com menos birras (por favor!) 🙂

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