Posso desde já afirmar que sou uma ciumenta descarada quando vejo a cumplicidade que existe na relação da minha filha e do meu marido. Para ser sincera eu sou a verdadeira Menina do Papá e já deveria prever que a minha filha fosse pelo mesmo caminho, pois tive a sorte do seu pai ser tão extraordinário como o meu, ou seja, como o seu avô. Era um dos meus maiores sonhos – ter uma pessoa ao meu lado que fosse tão bom Pai como o meu.
Assim que o Pai entra em casa ou que o avista em algum sítio, os seus olhos brilham e fica histérica. É tão bonito ver esta ligação! Abraça-o, dá-lhe beijos, quando está no meu colo e ele está perto vira-se para os seus braços, faz-lhe olhinhos, fica envergonhada… Só vendo mesmo porque nem a escrever consigo transmitir este amor. Lembro-me do meu marido se queixar que o Rafael só tinha olhos para mim e que se sentia um pouco excluído. A Diana veio combater este sentimento, embora o Rafa agora esteja mais ligado ao Pai (brincadeiras de rapazes, sabem como é, brutinhooooooooooosssssssss!). O Diego vai pelo mesmo caminho do irmão, até agora só me quer a mim, é muito mimado e é uma criança tão ou ainda mais intensa que o Birras mais velho. Dizem que os meninos são todos Mãe e as meninas Pai, há quem não concorde mas no nosso caso é isso mesmo que acontece.
A Diana é aquela menina calma, a princesa delicada que não destrói, não desarruma, só quer dar abraços e miminhos, dá festinhas a todos os brinquedos que encontra, é graciosa e muito harmoniosa. Raramente chora ou fica zangada mas quando não gosta de algo é danada e consegue levar tudo à frente (típico das mulheres eheheh).
A relação entre Pai e Filha é envolvida por uma magia inexplicável mas será que é eterna? Será que será sempre a menina dos seus olhos e ele o seu ídolo? Pela minha experiência posso afirmar que SIM! O meu marido sempre quis ter uma menina e conseguiu essa proeza eheheh O problema é que ainda quer ter mais e aqui a Mãe já não quer ter mais filhos, por mim está ótimo. Sinto que a família está completa 🙂
Ele é um Pai presente e dedicado e isso faz da sua relação com a Diana um vínculo surpreendente e enriquecedor à prova do tempo.
Segundo alguns especialistas em relacionamento a ligação entre pai e filha é sim muito forte. A Dra. Peggy Drexler, no livro ‘Our Father, Ourselves’, apresenta 7 lições para que os pais possam contribuir no desenvolvimento das suas meninas.
1 – É cada vez mais comum os pais tratarem as filhas pequenas como teriam tratado os seus filhos no passado, ou seja, ensinando-as a pescar, levando-as a acampar, familiarizando-as com coisas masculinas, incentivando-as a trabalhar em áreas dominadas por homens. Isso possibilita que mais mulheres abram caminho no mundo do trabalho.
2 – O relacionamento entre pai e filha muda quando a filha chega à adolescência, fase em que ela começa a distanciar-se dos pais e a aproximar-se mais dos amigos. Mas o pai deve continuar a mostrar que a ama e apoia, que tem tempo e interesse em conversar com ela, mesmo que a filha não se mostre interessada.
3 – O modo como o pai trata a sua filha e a sua mulher vai ajudar a definir os comportamentos que a filha considera aceitáveis (ou não) numa relação romântica. Especialmente na adolescência, quando as filhas começam a ter relacionamentos, esse comportamento modelo pode ser crucial. Para os pais, o mais importante é dar um bom exemplo no modo como ele trata as mulheres.
4 – A melhor maneira de construir confiança é estar presente e agir com consistência. É crucial demonstrar interesse pela vida da filha, sem obrigá-la a mostrar interesse recíproco. O pai precisa manter os canais de diálogo abertos, conversar com a sua filha adolescente sobre o uso apropriado das redes sociais e até deixando que ela cometa os seus próprios erros, porque essa é a melhor maneira de aprender o que não se deve fazer.
5 – É inteiramente normal, e até desejável, que a filha adolescente comece a distanciar-se dos pais e a reforçar o seu vínculo com os seus amigos. Para um pai que quer manter o vínculo estreito com a sua filha, a melhor abordagem muitas vezes é agir de modo casual. Criar oportunidades para interação, mas não colocar pressão demais. Alguns dias serão mais fáceis que outros.
6 – Os conflitos entre mãe e filha podem ser fonte de grande tensão para o pai. Na maioria dos casos, é preferível que o pai e a mãe fiquem do mesmo lado; no mínimo, o pai deve procurar não discordar da mãe à frente da sua filha. Em vez disso, abordar a situação como mediador. O pai pode tentar mostrar a ambas a situação e manter-se neutro.
7 – O desenvolvimento do caráter de uma criança não depende tanto de uma figura masculina, uma figura feminina ou pai e mãe. Sendo assim, os pais e mães solteiros, muitas vezes, precisam de se esforçar mais para proporcionar aos seus filhos exemplos que compensem pelo gênero em falta. Por isso, o pai solteiro pode e deve procurar figuras femininas – uma tia, uma amiga, uma avó – que possam servir de exemplo e ser presentes, coerentes e positivas na vida de sua filha.
A maioria destes conselhos ainda não são aplicados na nossa família, a Diana tem apenas um ano mas revejo-me em muitos deles durante a minha adolescência. O meu Pai fez tudo isto que acabaram de ler, é incrível!
E aí em casa? Como é a relação de Pai e Filha? Contem-me tudo!
Beijinhos
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