Na cabeça da maioria dos amigos e familiares parecia quase impossível viajarmos de avião com 1 criança de 4 anos e 2 bebés de 9 meses mas posso afirmar que arriscámos, agora se correu bem ou não já vão ler… eheheh
Sempre gostámos muito de viajar, fosse em lazer ou trabalho mas a partir do momento que fomos pais sabíamos que as coisas seriam diferentes, MUITO DIFERENTES! Com o Rafa correu sempre bem mas não podíamos criar expectativas desta vez porque estávamos em minoria (2 para 3). Marcámos as férias para Maiorca, queríamos um destino calmo e propício para famílias e aconselharam-nos o norte da ilha, mais propriamente Alcúdia. Falarei sobre as férias e toda a sua logística num outro artigo, agora vamos concentrar-nos nas viagens de avião.
2 malas de porão, um carrinho de gémeos, a minha mala, a mala dos twins e uma bagagem de mão e aqui vamos nós no nosso carro até ao aeroporto. O Pai deixa-nos e vai estacionar no Parque das Nações numa zona que não se paga, chama um Uber e vem ter connosco. Escusado será dizer que as pessoas olhavam para mim sozinha com um carrinho de gémeos e 1 criança de 4 anos e lançavam-me os tais olhares de pena. O Pai entretanto chega e avisam-nos que temos prioridade para fazer o Check-in. Avançamos para as portas de embarque, ui agora é que vai ser. Tive de tirar todos os líquidos ( termos com água, sopas, purés de fruta ) para um tabuleiro, ou seja, desfiz praticamente as malas, tive de tirar o Diego e a Diana do carrinho, passei na porta e regressei para os vir buscar. Entretanto estávamos quase despidos e com 30 0000 coisas nos tabuleiros para voltar a arrumar. Fomos à procura de um elevador mas o carrinho dos gémeos que tem passado em todo o lado, até à data, no elevador do aeroporto foi muito difícil conseguirmos essa proeza ( não imaginam no hotel mas logo falo nisso eheheh). Até então está tudo tranquilo, comem bolachas, snacks, o Rafa deslumbra-se com os aviões e nós brincamos com os twins.
Normalmente mencionam a prioridade logo no inicio da entrada no avião mas desta vez não aconteceu, no entanto eu solicitei ( meus senhores nestas alturas tudo o que venha facilitar é bem vindo ). Entrámos no avião e para quem não sabe ( como eu ) lamento informar mas cada fila só tem 4 máscaras de oxigénio, ou seja, nós éramos 5 ( os bebés não pagaram e iam ao colo) por isso eu e o pai tivemos de ir separados. Fui numa fila com o Diego e o meu marido numa outra com a Diana e o Rafa. Os birrinhas portaram-se muito bem no avião, o Diego andou a fazer olhinhos à camone que estava ao nosso lado, dei-lhes a chucha e beberam leite, informaram-me que poderia aliviar a pressão dos ouvidos pois dizem que o efeito é o mesmo das pastilhas elásticas. O Rafael foi o caminho inteiro entretido a pintar livros para colorir.
Assim que aterrámos tivemos de andar durante uns 15 minutos com os miúdos ao colo, a mala de mão, a mala dos twins, a minha mala e ainda puxar pelo Rafa. O carrinho de mão vai para o tapete onde saem todas as outras malas. Acho só parvo porque se posso levar o carrinho até ao avião porque tenho de o ir buscar a quilómetros? Esta parte foi muito cansativa mas aprendemos com alguns erros, nomeadamente nunca mais levar uma bagagem de mão.
A viagem para cá JESUSSSSSSS… Acho que me me vou benzer antes de escrever e relembrar.
Os birras ficaram doentes em Maiorca por isso já sabia que a viagem para Lisboa não seria calma mas não pensei que chegasse a ser um autêntico caos. Imaginem os putos constipados, com conjuntivite, dor de garganta e otite. O avião atrasou-se e eles ficaram ainda mais irrequietos, o que não ajudou à festa. Entrámos no avião e ao levantar voo começou a choradeira, não conseguíamos acalmá-los e era notório que o choro era de desconforto, estavam cheios de dores! Vocês não imaginam os olhares reprovadores das pessoas. Tive de manter a calma para não me chatear pois estava realmente incomodada. Foram quase 2 horas num sufoco sem saber o que fazer, conseguiram dormir uns 15 minutos mas pouco mais. Não tivemos apoio das pessoas nem das assistentes de bordo (uma situação bastante infeliz).
Assim que aterrámos só queríamos sair daquele lugar. O carrinho no aeroporto de Lisboa vai parar ao tapete da bagagem fora de formato, ou seja, ainda tivemos de andar mais e esperámos imenso tempo pelas malas. Acho que o facto de já estarmos impacientes dificultou o processo. A mala do Pai chegou partida mas como estávamos com pressa nem fizemos reclamação… Dali apanhámos um taxi até ao carro e arrancámos diretos para o hospital!
Foi uma autêntica aventura e no final o que dificultou foi o facto deles terem ficado doentes. 🙁
nem quero imaginar o vosso sufoco bessa viagem de regresso… fiz uma viagem londres Portugal em véspera de Natal em que 50% das crianças estavam chateadas e a chorar.. ainda me virei para trás para tentar distrair a que estava atrás de mim ( apesar do meu marido ter logo refilado) mas foi sol de pouca dura, a viagen foi tão má que até eu acabei por precisar de ajuda pois parecia que tinha os dentes a saltar da boca e os ouvidos estavam por todo o lado! Não queria estar no papel daqueles pais, pois eu como adulta sabia o que se estava a passar mas a maioria das crianças não… assim que aterramos estava capaz de beijar o chão
mas realmente é triste não haver apoio de ninguém a volta nem no avião nem no transporte de bagagens ou crianças